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'Compra de ferry-boat não resolve o problema', alerta Rita Tourinho

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Segundo a promotora do MP, os problemas enfrentados pelo sistema se arrastam há anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Youtube

Publicado em 30/05/2023, às 10h24 - Atualizado às 10h24   Redação


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Promotora do Ministério Público da Bahia (MP0BA), Rita Tourinho afirmou em entrevista, na manhã desta terça-feira (30), que as soluções para os transtornos causados aos usuários do sistema ferry-boat vão além da quantidade de embarcações. Devido a uma concessão pública feita pelo Governo da Bahia, o sistema é operado pela Internacional Travessias Salvador, empresa subsidiária baiana da maranhense Internacional Marítima. A frota é composta por sete embarcações.

“A questão do ferry-boat já dura muitos anos. A menos de um ano, pouco depois da pandemia, estamos fazendo acompanhamento praticamente mensal. A questão do ferry não é somente a questão das embarcações. Se o Estado da Bahia comprar, hoje, nove embarcações... Ok, o sistema precisa. Isso vai resolver o problema? Não vai. Pode resolver nos dois primeiros anos. Se outras intervenções não forem feitas, tudo vai voltar a ser o que era antes”, disse em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópóle.

Na oportunidade, a promotora do MP destacou uma entre várias pendências que precisam de solução, uma delas, é um terreno para construção de um dique seco ou doca seca, um recinto cavado à beira de um braço de água de forma a receber uma ou mais embarcações em simultâneo para vistorias, limpeza ou manutenção.

“Esse terreno nunca foi disponibilizado pelo Estado. Não tem terreno para essa atividade. Não é feita a atividade de manutenção, que é importante. A empresa tem que investir R$ 8 milhões, está no contrato, nunca foi investido, por quê? Porque não tem local para essa atividade”, detalhou.

A promotora também destacou que a Internacional não possui indicador de eficiência. “Para concessionária é importante. Os indicadores de eficiência estão vinculados a essa atividade do dique sexo. Tem uma rampa, no terminal São Joaquim, quer caiu. Até hoje está se discutindo de quem é a responsabilidade para retomar essa rampa. É menos uma rampa para atracamento das embarcações. O sistema passa por problemas sérios. A aquisição de embarcações é importante, mas não resolve o problema”, avaliou.

Em fevereiro deste ano, o secretário de Infraestrutura do Estado, Sérgio Brito, afirmou que o Governo iria abrir licitação para a compra de mais dois ferries e ampliar a capacidade do sistema ferry-boat, na travessia Salvador-Ilha Itaparica. Na época, o secretário disse que as tratativas estavam “caminhando a passos largos”, mas que os ferries só devem chegar em 2024. 

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