Grupo de advogados pedirá indenização de R$ 49,5 mi à Caixa após empresário baiano ser agredido

Mais de 30 advogados e advogadas da Educafro Brasil na Bahia realizarão um ato simbólico em frente ao edifício-sede da Justiça Federal em Salvador, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), nesta segunda-feira (31), às 10h30. O ato contará com a presença do fundador e diretor-executivo da organização educacional, Frei David.

A ação visa requerer uma indenização de R$ 49,5 milhões por parte da Caixa Econômica Federal devido ao episódio de racismo sofrido pelo empresário negro Crispim Terral de Souza em 2019, na agência bancária situada no Relógio de São Pedro, na Avenida Sete de Setembro. O montante pretendido seria destinado a bolsas de estudo para pessoas afrodescendentes tanto no Brasil como no exterior. 

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Episódio

O empresário Crispim Terral, de 34 anos, relatou a acusação de racismo contra a Caixa Econômica Federal, após um episódio em que foi expulso à força de uma agência pela Polícia Militar. O caso foi registrado em vídeo e posteriormente compartilhado nas redes sociais do empresário.

De acordo com a denúncia de Crispim, ele esperou por mais de quatro horas na agência, aguardando atendimento, mas o gerente solicitou que ele se retirasse. Diante da recusa do cliente, o funcionário acionou uma equipe da Polícia Militar e um dos agentes o aplicou um golpe conhecido como "mata-leão".

Segundo Crispim, ele foi conduzido pelos policiais em uma viatura até a Central de Flagrantes, onde foi autuado por desobediência e resistência. Logo após o ocorrido, o empresário procurou atendimento médico na UPA dos Barris, pois apresentava fortes dores no maxilar, cabeça, pescoço e ombro esquerdo.