Cidades

Moradora da comunidade Cova da Onça valoriza construção de novo empreendimento em Boipeba

Joilson Cesar/BNews
Taiane Magalhães Pereira, professora de 32 anos, analisou os possíveis efeitos do novo empreendimento  |   Bnews - Divulgação Joilson Cesar/BNews

Publicado em 18/04/2023, às 10h21   Vinícius Dias e Pedro Moraes


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Moradores da Ilha de Boipeba e de regiões próximas ao município de Cairu, no estado da Bahia, estão contentes com a possibilidade da construção do megaempreendimento “Ponta dos Calheiros”. É o caso de Taiane Magalhães Pereira, professora de 32 anos, que mora na comunidade “Cova da Onça”. Em contato com o BNews, a pedagoga valoriza a oportunidade de novas oportunidades de empregos e geração de renda para a população comunitária.

“Nós já participamos de algumas reuniões, inclusive, em 2019, fizemos presença no Inema, quando o processo ainda estava sendo analisado (...) Não tivemos muito o direito à fala, mas estávamos lá para ouvir os posicionamentos de todos os representantes do Inema e do secretário do meio ambiente, que enfatizou que o empreendimento tinha por obrigação ser direcionado em questões de emprego para comunidade, formação continuada, direito dos moradores da comunidade, de exercer as funções que o empreendimento venha exercer à sociedade. Nos posicionamos a favor do empreendimento, porque, hoje, temos esclarecimento, uma vez que os buscamos”, menciona Taiane.

A audiência pública para discutir e apurar as informações sobre a instalação do empreendimento está sendo realizada nesta terça-feira (18), pela Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Taiane afirma que a luta por mudança na projeção de vida das crianças da comunidade é uma das pautas em urgência dos moradores locais. A projeção é de que as crianças tenham novas perspectivas de vida. 

“Como professora, enxergo uma dificuldade muito grande dentro da minha comunidade com relação à evasão escolar, porque hoje as crianças estão deixando de estudar para tentar a vida no mar e em outros lugares, que também não tem dado muito pelo fato de não ter perspectiva de futuro”, inicia a professora.

“Elas se perguntam ‘por que devo estudar, por que estou na escola, se o mundo de hoje quem tem informações não está exercendo nenhum tipo de profissão?’. Elas têm abandonado  a escola, ido participar das pescarias com os pais desde novo, tem sofrido com a frustração também com a falta de marisco. Todos nós sofremos com essa situação”, finaliza. 

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