Política

Boipeba: Prefeito de Cairu sai em defesa de megaempreendimento liberado pelo Inema

Divulgação/AL-BA
Hildécio Meireles é o prefeito de Cairu, onde fica a ilha de Boipeba  |   Bnews - Divulgação Divulgação/AL-BA

Publicado em 18/03/2023, às 11h26   Cadastrado por Vinícius Dias


FacebookTwitterWhatsApp

Prefeito da cidade de Cairu, Hildecio Meireles (União Brasil) saiu em defesa da construção do megaempreendimento na ilha de Boipeba, que é administrada pelo seu município. Meireles deixou de lado até eventuais rivalidades partidárias e defendeu um órgão do Governo do Estado para ficar ao lado da construção ao dizer, em entrevista ao jornal A Tarde, que o "meio ambiente limpo é o nosso meio de vida, somos um espaço turístico. E o INEMA também é um órgão muito sério”.

Muito tem se discutido a respeito dos impactos que podem ser gerados pela construção, que teve emissão da licença autorizada no último dia 7 de março pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

A decisão, no entanto, pode ser revogada após pedido do Ministério Público Federal (MPF), que solicitou que gestores impeçam o licenciamento de qualquer empreendimento em áreas públicas federais, principalmente nas que envolvem comunidades tradicionais protegidas constitucionalmente, a exemplo das áreas das comunidades Cova da Onça, Monte Alegre, Moreré, Boipeba, Garapuá e Batateira, todas em Cairu.

A obra acontece em uma área pública pertencente à União, que devia ser protegida por Lei Federal, entretanto, a indicação foi do Governo da Bahia a pedido do Governo Federal, ainda em 2019, quando Jair Bolsonaro (PL) era presidente da República. A área onde deve ser construído o megaempreendimento compreende uma parte de mata atlântica, manguezais e restingas.

A Mangaba Cultivo de Coco é a responsável pelo projeto e tem como sócios José Roberto Marinho, um dos herdeiros do Grupo Globo, e Armínio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central no governo (1999-2003).

Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) disse que acompanha o caso. “A gente tem uma lei nacional que estabelece um quantitativo para quem tem uma propriedade poder fazer uso dela com respeito a lei. Até 20% de desmatamento, supressão vegetal. A informação que nós temos é que são dois hectares, não é toda a área. Mas eu pedi para que eles pudessem sentar com a Casa Civil, ver se tem alguma coisa porque o Estado depende de um parecer de legalidade do poder judiciário para qualquer tipo de atitude executivo. Dentro da lei, o projeto está dentro do padrão”, afirmou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp