Cidades
Publicado em 06/03/2023, às 11h27 Cadastrado por Bernardo Rego
Nas áreas invadidas pelo Movimento Sem Terra (MST) em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, barracos de madeira continuaram sendo construídos, no último sábado (4). A área pertence à Suzano, empresa de celulose e papel, que teve outras terras invadidas em Caravelas e Mucuri, também no sul do Estado.
Após as invasões, o MST tem derrubado os eucaliptos e a madeira tem sido utilizada na construção dos barracos. Somente em Teixeira de Freitas, há 150 pessoas no acampamento. Em decisão, a Justiça determinou a reintegração de posse de duas das três áreas, Teixeira de Freitas e Mucuri.
"Soube que tinha essa reintegração, mas não recebemos notificação. Estamos aqui resistindo e enquanto não houver decisão da Justiça, ou acordo fechado com a empresa, não vamos desocupar a área", pontuou o diretor estadual do MST, Antônio Filho.
Além de fazer protesto contra a monocultura, o MST reivindica o cumprimento de um acordo que foi firmado em 2011 com a Suzano Papel e Celulose. Esse acordo determinaria o assentamento de 750 famílias.
Outras invasões
Na cidade de Jeremoabo, localizada no Nordeste da Bahia, cerca de 200 mulheres ocuparam a fazenda Espinheiro. A ação é parte da Jornada Nacional de Luta da Mulheres Sem Terra. O grupo defende o direito à terra para produzir alimentos saudáveis e não utilização de agrotóxicos. O movimento também defende a Reforma Agrária como solução para as famílias acampadas. As informações são do perfil Voz do Movimento.
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