Coronavírus

Solla diz que presidente da ANVISA descumpriu compromisso e defende contratação imediata de funcionários

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Deputado e ex-secretário de Saúde criticou não só a ineficiência da agência, como também a dificuldade criada para o Governo do Estado  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 19/03/2020, às 13h22   Luiz Felipe Fernandez


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Ex-secretário de Saúde do Estado, o deputado federal Jorge Solla (PT) afirmou nesta quinta-feira (19) que o diretor-presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres, descumpriu a promessa feita há duas semanas em uma Comissão na Câmara dos Deputados, de ampliar o quadro da agência para melhorar a atuação nos aeroportos nacionais.

Segundo Solla, em Salvador, desde janeiro não são feitos os plantões da ANVISA no Aeroporto Internacional para acompanhar o desembarque de passageiros de voos internacionais. O parlamentar diz que já foi aprovada na Casa uma indicação para a contratação de profissionais para “cobrir o furo” não só em Salvador, mas em outros aeroportos, como o de Guarulhos, São Paulo, que já tem tido denúncias de “problemas”. 

Em Ilhéus, por exemplo, de acordo com o ex-secretário, não tem mais nenhum profissional na ativa. Todos já se aposentaram.

Além de não atuar para suprir as carências no quadro de funcionários, a ANVISA tem se tornado um empecilho para o Governo do Estado. Na manhã desta quinta-feira (19), o titular da Sesab foi barrado junto com a equipe de Divisão de Vigilância Epidemiológica no Aeroporto, onde iriam começar a operação de medir a temperatura de passageiros que vinham do Rio de Janeiro e São Paulo, dois dos principais focos do COVID-19 no Brasil. 

“Eles continuam não só dando conta, como agora estão criando dificuldade para atuação da Secretaria do Estado”, disse Solla ao BNews.

O petista lembrou que Antonio Barra Torres participou com o presidente Jair Bolsonaro do ato no último dia 15 de março, inicialmente anunciado que seria pelo fechamento do Congresso Nacional, indo de encontro às recomendações de especialistas mundiais da área de saúde.

“Lembrando que o presidente da Anvisa foi junto com o presidente Bolsonaro ao ato em Brasília no dia 15, descumprindo as ordens básicas de isolamento que ele mesmo deveria ter assegurado”, recorda.

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