Coronavírus

Comitê científico do Consórcio Nordeste indica primeiras medidas contra Covid-19

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O documento apresenta seis recomendações iniciais do comitê com o intuito de minimizar os impactos negativos da pandemia   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 02/04/2020, às 16h26   Redação BNews


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O Consórcio Nordeste publicou, nesta quinta-feira (2), o primeiro boletim produzido pelo Comitê Científico, grupo criado para dar recomendações para o combate ao coronavírus com base em pesquisas científicas. O documento apresenta seis recomendações iniciais do comitê com o intuito de minimizar os impactos negativos da pandemia. Dentre elas, a troca de informações sobre soluções tecnológicas já desenvolvidas nos estados, integração das instituições de apoio à pesquisa que possam financiar e executar estudos interestaduais em temas desafiantes da Covid-19 e intensa articulação entre secretarias de Saúde dos estados e municípios.

As outras medidas apresentadas no boletim falam ainda sobre manutenção do isolamento social visando interromper a cadeia de contágio; a implantação de postos de saúde em aeroportos e terminais de ônibus para testagem e orientação aos viajantes; e ações de apoio material e financeiros às famílias mais necessitadas, moradores de rua, pequenos comerciantes, entre outros grupos mais vulneráveis. 

Confira as medidas:

1- Medidas restritivas para o isolamento social

É essencial implementar medidas legais para minimizar os contatos entre as pessoas e interromper a cadeia de contágio do novo coronavírus. Essas medidas, que já foram tomadas por todos Governos Estaduais e por muitos Municípios por meio de decretos, devem ser mantidas e renovadas até que o número de casos confirmados do COVID-19 na Região diminua significativamente. Dentre as atividades que devem ser proibidas estão: Ensino presencial nas escolas e universidades; eventos esportivos; vendas presenciais no comércio de produtos não essenciais em estabelecimentos isolados e em shopping centers; atividades religiosas em igrejas e templos; atividades de lazer com aglomerações em praias, praça e parques; funcionamento de academias de ginástica, bares e restaurantes, etc.

2- Medidas para diminuir a importação do coronavírus

Implantar nos aeroportos e terminais de ônibus postos de saúde para a testagem dos passageiros e para orientação dos viajantes.

3- Medidas de mitigação dos efeitos sociais da pandemia

O Comitê apoia todas as ações de apoio material e financeiro às famílias mais necessitadas, moradores de rua, pequenos comerciantes que não possam exercer suas atividades, entre outros.

4- Articulação entre as secretarias estaduais e municipais de saúde

É essencial intensificar a articulação entre as secretarias estaduais e municipais de saúde para otimizar as ações de enfrentamento da pandemia. Para que o Comitê possa contribuir na superação das dificuldades e limitações que enfrentam governos em todo mundo, como a falta de insumos, materiais e equipamentos, é muito importante que em cada Estado o representante no Comitê Científico do Nordeste seja incorporado ao grupo local de coordenação das ações na área de saúde.

5- Tecnologias digitais de monitoramento

É importante trocar informações sobre as soluções tecnológicas já desenvolvidos nos Estados para promover sua integração de modo implantar uma plataforma digital com informações atualizadas 24h sobre o cenário da doença no Nordeste, ficando disponível para a consulta pública.
6- Intensificar a articulação entre os grupos de pesquisa do NE em diversas áreas
É da maior importância promover, com a maior brevidade possível, a integração das fundações estaduais de apoio à pesquisa, das secretarias de Ciência e Tecnologia, e das fundações de apoio das universidades, para financiar a pesquisa por meio de redes interestaduais em temas desafiantes do COVID-19. A experiência anterior das redes de pesquisa e dos institutos nacionais de C&T implantadas pelo MCT há uma década poderá contribuir muito no processo de formação das redes de pesquisa.

O Comitê Científico, criado pelo Consórcio Nordeste, é formado por profissionais de renome internacional indicados pelos nove estados. A coordenação é de Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende. Os outros membros são: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); Antônio Silva Lima Neto (CE); José Noronha (PI); Ricardo Valentim (RN); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Marco Aurélio Góes (SE) Marcos Pacheco (MA); Maurício Lima Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); e Roberto Badaró (BA).

Classificação Indicativa: Livre

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