Coronavírus

“Nós não vamos admitir colocar em risco a vida dessas pessoas”, diz Aladilce sobre trabalho dos profissionais de saúde

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Sindsaude e MP discutem medidas de segurança para servidores no combate a Covid-19  |   Bnews - Divulgação Arquivo / BNews

Publicado em 07/04/2020, às 12h49   Tamirys Machado



Diretora do Sindicato dos Servidores de Saúde da Bahia, a vereadora  Aladilce Souza comentou sobre a matéria publicada nesta segunda (7), no BNews, sobre os profissionais da rede pública de saúde que fazem parte do grupo de risco do Covid-19.  Segundo a edil, o sindicato “não vai admitir colocar em risco a vida dessas pessoas”. Ela se reuniu com a promotora Rita Tourinho, em vídeo conferência, para tratar sobre o cumprimento de normas por parte do governo estadual em relação aos profissionais como técnicos e enfermeiros. 

“Nós não vamos admitir colocar em risco a vida dessas pessoas. Agora tem que quebrar todas regras para quem esteja lá linha de frente tenha condições de segurança”, disse, Aladilce, sugerindo que haja contratação de concursado para aumentar equipe.  A vereadora, que também é integrante da Comissão de Saúde na Câmara Municipal de Salvador, afirmou que foi criado um comitê juntamente com o Conselho Regional de Enfermagem, sindicatos, conselho federal, “para discutir os riscos dos profissionais de saúde e as medidas de segurança”. “É uma situação muito séria, grave”. 

Após a reunião, ficou definido que o Comitê, juntamente com o Ministério Público e o Ministério do Trabalho farão um encaminhamento ao governo estadual cobrando o fornecimento de EPIs, Equipamento de Proteção Individual, treinamento, aumento do efetivo e condições seguras de trabalho. “A Itália perdeu 45% da força de trabalho de saúde, pessoas que morreram ou se afastaram. A enfermagem que fica lá na linha de frente. Vamos elaborar o documento e cobrar o cumprimento das normas’, afirmou, ao site. 

O BNews, mostrou que alguns servidores estaduais que atuam na área de saúde e pertencem ao grupo de risco do coronavírus, questionaram a medida do Governo Estadual em mantê-los nas unidades hospitalares. Alguns deles cobram que sejam transferidos para outros setores. A técnica de enfermagem, de 64 anos, que preferiu não se identificar, possui Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), e conta que, após sentir sintomas do coronavírus procurou a medicina do trabalho da hospital que trabalha e foi informada que seria submetida ao exame para diagnosticar o vírus. A funcionária foi afastada durante cinco dias, porém, após o resultado negativo, ela retornou ao ambiente de trabalho. Os testes da Covid-19 são feitos em todos os servidores de saúde que apresentem sintomas. 

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