Coronavírus

Maia se declara contrário a proposta que obriga empresas a emprestar dinheiro ao governo

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
O projeto autorizaria o governo a cobrar até 10% do lucro líquido de 2019 para empresas com patrimônio líquido de ao menos R$ 1 bilhão. Dinheiro seria usado no combate ao novo coronavírus  |   Bnews - Divulgação Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Publicado em 22/04/2020, às 09h36   Redação BNews



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM), se declarou contrário ao projeto de lei que quer obrigar as empresas bilionárias a emprestarem dinheiro para ajudar o governo a combater o coronavírus. 

Em entrevista a coluna Painel S.A, Maia avalia o empréstimo compulsório gera preocupação para as empresas. “Muitas delas têm segurado os empregos e a nossa prioridade é garantir as vagas”, afirmou. 

Ele também que diz que está conversando com os deputados para tentar convencê-los. Maia tem bom trânsito com o empresariado, porém sofre pressão do Centrão sobre a proposta que tramitar em regime de urgência e está pautada para esta quarta (22).

O projeto do deputado federal Wellington Roberto (PL) estabelece um empréstimo compulsório que autorizaria o governo a cobrar até 10% do lucro líquido de 2019 para empresas com patrimônio líquido de ao menos R$ 1 bilhão.

Também de acordo com a publicação, em uma ação conjunta, entidades representantes de diversas indústrias estão gravando vídeos pedindo que a proposta não avance. 

Os presidentes da Abimaq (de máquinas e equipamentos), Aço Brasil (produtores de aço), CervBrasil (cerveja), Abia (alimentos), Interfarma (farmacêuticas), Abit (têxteis), ABCP (cimento), Anfavea (automóveis), Abrinq (brinquedos) e Abipla (higiene e limpeza) são alguns dos que gravaram apelos

Todos dizem que as empresas estão enfrentando problemas de caixa e dificuldade de acesso a crédito e defendem que o empréstimo compulsório agravaria a situação.

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