Coronavírus

Eliana Calmon vê "ativismo judicial" no STF e Bolsonaro "aguerrido"

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Ex-ministra do STJ avaliou crise que país enfrenta na pandemia do novo coronavírus  |   Bnews - Divulgação BNews/Arquivo

Publicado em 19/05/2020, às 19h25   Henrique Brinco


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A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, avaliou a crise que o Brasil enfrenta, sobretudo diante da pandemia do novo coronavírus. Apoiadora declarada de Jair Bolsonaro, a magistrada baiana lamenta posições do presidente, mas afirma que ele vem sofrendo pressão do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

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"Nós estamos muito complicados, porque saímos de uma eleição bastante divididos. A ideia era que nós pudéssemos passar uma esponja naquilo e começar uma vida nova, com uma ordem democrática mais ou menos tranquila. Mas a divisão continuou e isso está sendo prejudicial para todos nos brasileiros", declarou, em entrevista ao "Jornal da Cidade II Edição, com José Eduardo", na Metrópole FM, veiculado na noite desta terça-feira (19). "Nós precisávamos de uma união e é isso que não estamos tendo. [...] De um lado, temos quem está a favor de Bolsonaro e do outro quem está contra Bolsonaro".

Sobre as crises no Palácio do Planalto, Eliana diz que "era necessário que o maestro dessa orquestra, que é o presidente da República, tivesse mais tranquilidade para aparar as arestas". "Temos um presidente muito aguerrido, que não contorna nada. É lógico que ele está sob pressão do Congresso Nacional, que tem também um comportamento leviano sim com essas investidas econômicas. O próprio Supremo Tribunal Federal tem feito um ativismo judicial".

Ainda na entrevista, Eliana fez críticas contra a mídia e a disseminação de fake news. A ex-ministra também defendeu que a reabertura da economia deve ser feita de maneira "técnica".

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