Coronavírus

Dois meses de quarentena: Psicólogo lista seis passos para driblar estresse e ansiedade; confira

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Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 29/05/2020, às 19h45   Yasmim Barreto


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Há pouco mais de dois de meses da quarentena, no Brasil, e os usuários do Twitter subiram a tag #2MesesdeQuarentenaEEu, na qual relatam sobre como estão lidando com o isolamento social. O resultado? Diversas queixas atreladas a transtornos emocionais, convivência com familiares e o medo de contrair o coronavírus.


E foi pensando nisso que o psicólogo clínico e especialista em arteterapia, Vinícius Andrade, listou seis possíveis passos para driblar o estresse e a ansiedade, que são consequências do isolamento social. Confira abaixo: 

1. Estabelecer rotina

Para Vinícius Andrade, o ideal é que as pessoas tentem manter os mesmos hábitos de quando a quarentena não era uma realidade. “Se eu levantava tal hora para trabalhar e hoje eu trabalho em home office, que eu levante a mesma hora que eu levantava antes. Porque se a gente não tiver essa rotina, vamos começar a entrar em um caos, uma coisa meio desordenada e isso só vai agravando o adoecimento mental”, completou. 

2. Filtrar notícias 

Por ser ainda uma doença que atinge pessoas no mundo inteiro e com muitas lacunas de informações, o especialista indicou que seja feito um filtro de quais notícias que serão consumidas, qual a frequência disso e sempre buscar veículos confiáveis. 

3. Cultivar o contato emocional

O enfrentamento ao coronavírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam que a população fique em casa, no entanto, Vinícius Andrade ressaltou que esse isolamento deve ser apenas físico: “ele não precisa ser um isolamento afetivo-emocional. Então, o que eu recomendo é abusar das ligações, chamadas de vídeo, mensagens, se fazer presente nesse momento, para tentar sentir um pouco de conforto”. 

4.  Atividade física

A prática de atividade física também é um importante aliado para combater transtornos como a ansiedade, segundo o psicólogo. Ele destacou que o exercício atua de forma positiva para a saúde mental e física, liberando neurotransmissores que ajudam a regular as emoções. 

5.  Alimentação saudável

Atrelada aos exercícios, pessoas com adoecimento mental devem também cuidar da alimentação. De acordo com o psicólogo, Vinícius Andrade, existem alimentos, como o álcool, o café e o açúcar em excesso, que potencializam a ansiedade, por exemplo. 

6. Terapia

Por fim, nos casos em que a pessoa não esteja conseguindo driblar as questões emocionais, o especialista em arteterapia aconselha a buscar o auxílio de profissionais. “A gente tem hoje vários grupos que estão fazendo escuta voluntária, não tem custo nenhum, a pessoa pode ligar, é só pesquisar na internet, vários grupos de profissionais de psicologia e outras abordagens terapêuticas. Outra opção é procurar um psicólogo, uma orientação, porque nesse momento a gente precisa cuidar da nossa saúde mental”, afirmou.  

Saúde mental e a pandemia do novo coronavírus  

O psicólogo clínico chamou atenção que essas três questões recorrentes nesse período de pandemia: a ansiedade, estresse e falta de motivação, acabam interferindo nas relações com as pessoas que estão convivendo diariamente, separação de casais e na saúde mental e física. 

“A gente vive em uma cultura onde a gente não tem inteligência emocional, não lidamos com as nossas emoções, então vamos empurrando os conflitos de relacionamento com a barriga e agora a quarentena nos obrigou a nos relacionar 24h, a estar ali o tempo inteiro, então muitas coisas que nós deixamos para trás tem aparecido e a gente tem que lidar”, disse. 

Ao BNews, a psicóloga, Vanina Cruz, ainda pontuou as consequências desses estresses à grupos que estão mais vulneráveis como as mulheres, crianças, adolescentes e idosos, que muitas vezes estão dividindo espaços com possíveis agressores.

“Esses estresses tem contribuído para o aumento de violências especialmente as intrafamiliares e domésticas onde encontram-se em maior risco crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas”. 

Por isso, reiterou a importância de orientação de profissionais que possam ajudar na manutenção da saúde mental. “Há um indicativo de que os impactos psicológicos vão perdurar, portanto é imprescindível darmos atenção específica a nossa saúde mental”, completou.

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