Rui volta a criticar decisões do Governo Federal no combate à Covid-19: "Libera avião para tudo que é lado, ônibus interestadual"

Um dos principais opositores de Jair Bolsonaro, principalmente no protagonismo no enfretamento à Covid-19, Rui Costa (PT) voltou a apontar falhas do Governo Federal na tomada de decisões relacionadas à prevenção da doença.

Enquanto na Bahia está proibido o transporte intermunicipal nas cidades que não apresentam mais de 14 dias sem registro de novo caso, de acordo com o petista, o Governo Federal autoriza o fluxo de "ônibus interestadual para tudo que é lado".

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Decisão própria

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A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), desde o início da pandemia, enfrentou também dificuldades para ter autorização para medir a temperatura dos passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional de Salvador. A responsabilidade sobre a área de embarque e desembarque é da Agência de Vigilância Sanitária, órgão federal.

"Infelizmente, o Governo Federal não está ajudando. Libera avião para tudo que é lado, ônibus interestadual para tudo que é lado, não ajuda prefeitos e governadores pra combater na pandemia e o virus continua se espalhando", disse o governador nesta quarta-feira (3), em entrevista remota a veículos do extremo-sul da Bahia, uma das regiões mais afetadas pelo novo coronavírus no estado.

O aumento da taxa de contaminação no extremo-sul baiano tem sido maior do que em outros municípios da Bahia. A partir desta quarta-feira passa a valer o decreto estadual, publicado no Diário Oficial, que determina a restrição de circulação de pessoas em cidades da região, assim como a permissão do funcionamento somente dos serviços essenciais. 

Rui lembrou que o Brasil superou os Estados Unidos no número de mortes diárias (1.262) e é o atual líder no ranking de países com o maior índice. Em número absoluto, o país fica abaixo somente dos EUA: pouco mais de 30 mil contra 107 mil óbitos no território norte-americano.

"O Brasil já é o número 1 em mortes diárias, o maior número de mortes por dia do planeta, passamos os EUA, não no total [...] porque não conseguimos unir o país. O Governo Federal diz uma coisa, estados e municípios outra", ressaltou.