Coronavírus

Brasil pode se tornar país com mais mortos por covid-19 no final de julho se nada mudar, diz projeção usada pela Casa Branca

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Segundo o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington, o Brasil pode ter 137,5 mil mortos em 29 de julho  |   Bnews - Divulgação Paulo Desana/Dabakuri/Amazônia Real

Publicado em 11/06/2020, às 18h35   Redação BNews


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O Brasil pode superar os Estados Unidos em número de mortes pelo novo coronavírus no próximo dia 29 de julho, se não houver nenhuma mudança significativa no avanço da pandemia no país. É o que aponta a projeção de um dos principais modelos matemáticos usados pela Casa Branca para definir suas estratégias. 

De acordo como reportagem publicada pela BBC Brasil, a projeção foi feitas pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington, e não necessariamente deve se concretizar. Segundo o IHME, no final do próximo mês, o Brasil pode ter 137,5 mil mortos antes 137 mil óbitos computados pelos EUA.

Para que isso aconteça, o número atual de mortes precisaria quase quadruplicar nos próximos 50 dias. Ou seja, teria que acontecer um avanço semelhante ao verificado nos últimos 90 dias - havia 10 mil mortes registradas em 9 de março e 38 mil em 9 de junho.

As previsões do IHME se baseiam em diversas variáveis que mudam ao longo do tempo, como o número de casos confirmados e a adesão ao distanciamento social. De todo modo, essas simplificações da realidade servem de baliza para autoridades traçarem suas estratégias

O pesquisador Theo Vos, professor de ciências de métricas de saúde do instituto, explica que "quanto mais distantes no tempo as projeções são, mais incerteza haverá, tendo em vista a dinâmica da doença e a capacidade que as medidas de contenção adotadas terão para afetar o curso da Covid-19".

Em entrevista a publicação, ele explicou que uma das variáveis usadas neste modelo matemático é a do quanto a doença está se espalhando, mais especificamente, o número de pessoas que são contaminadas por alguém diagnosticado com o novo coronavírus.

Para estimar a taxa de contágio, Vos afirma que os cálculos são atualizados e ajustados diariamente a partir do número oficial de mortes registradas e internações hospitalares e das estimativas do número real de casos na comunidade.

A qualidade dos dados tem influência direta na capacidade de previsão dos cálculos realizados. Atualmente, a pandemia no Brasil segue em aceleração, e o ainda não atingiu seu pico de casos – o que deve ocorrer em meados de agosto.

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