Coronavírus

Tratar 'opinião como verdade' é um dos problemas da pandemia, avalia Teich

Erasmo Salomão/MS
Declaração do ex-ministro da Saúde foi dada durante entrevista à rádio Bandeirantes nesta segunda-feira (15)  |   Bnews - Divulgação Erasmo Salomão/MS

Publicado em 15/06/2020, às 13h21   Redação BNews


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O ex-ministro da Saúde Nelson Teich avaliou que opiniões sendo tratadas como verdades é um dos principais problemas enfrentados no combate à pandemia do novo coronavírus. De acordo com o portal de notícias UOL, a declaração foi dada durante entrevista à rádio Bandeirantes nesta segunda-feira (15).

"Isso é um problema, principalmente quando vem de pessoas que são referência científica ou referência técnica. Isso aí faz com que a mensagem passada seja de uma certeza que não existe", disse. O ex-ministro também ponderou que a sociedade continua com muitas "incerteza" em relação à covid-19, e criticou os discursos sobre isolamento e distanciamento social.

"Uma coisa que eu vejo hoje, que me parece também pouco baseada em ciência, é quando se discute isolamento e distanciamento social. A gente não tem informação sobre qual é o real impacto sobre o que é um distanciamento social, como é que a gente define isso", disse.

No último domingo (14), em sua conta Twitter, Teich defendeu a divulgação de mortes ocasionadas pela covid-19 pela data do óbito. Para o médico oncologista, curva de mortes com base em dados da data de registro “não reflete a realidade” e “distorcem os verdadeiros números”.

“A forma adequada de apresentar e avaliar os óbitos é através da data do óbito e não da data do registro. A curva baseada na data do registro não reflete a realidade por agregar casos de dias anteriores, que confundem e distorcem os verdadeiros números e a interpretação da curva”, escreveu.

Teich também ponderou que o fato de os outros países fazerem uma amostra do impacto da doença por meio dos casos e mortes “registrados” no dia, não impede que o Brasil passe a apresentar dados de forma mais adequada.

“Quanto a comparação com outros países, mesmo que a metodologia seja a mesma, baseada nos registros, se não soubermos a diferença entre as datas de óbitos e registros nesses países, as comparações não serão válidas e podem levar a conclusões incorretas”, completou.

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