Deputado Robinson Almeida fala em "preocupação" com protocolo de reabertura na Bahia e cita pressão de setores econômicos

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) disse estar preocupado com o protocolo de reabertura das atividades econômicas apresentado pelo próprio governo Rui Costa (PT) no último dia 7. O critério principal para flexibilização do isolamento é a taxa de ocupação de leitos de UTI permanecer em 75% por cinco dias.

"Vejo com muita preocupação, sinceramente. [...] Eu tô preocupado com ele e creio que um dos indicadores deve ser o número de leitos, mas não deve ser o único. [...] Não adianta ampliar número de leitos apenas, temos que manter medidas de distanciamento social", afirmou Almeida, em entrevista ao vivo no quadro Política Agora, do BNews.

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O plano de abertura da economia na Bahia foi apresentado pelo governador e pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), durante uma coletiva virtual. O principal critério adotado neste protocolo comum é a capacidade de o poder público ofertar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à população baiana, de forma a priorizar a preservação de vidas.

Na ocasião, o governador lembrou que os critérios e medidas que integram o protocolo valem não só para a capital, mas como para todo o território estadual, e que a primeira fase do protocolo só será ativada quando a taxa de ocupação de leitos de UTI permanecer em 75%, por pelo menos cinco dias seguidos. A fase 1 do protocolo contempla reabertura de shoppings e centros comerciais, comércio de rua com lojas acima de 200m², templos religiosos e igrejas.

Questionado pela reportagem se apresentou essa preocupação à equipe de Rui, o deputado afirmou que opina, mas ressaltou a liderança do governador.

"Eu acompanho isso dando minhas opiniões, mas a liderança é a do governador e sua equipe de Saúde. Creio que estão sendo tomados todos os cuidados, mas não deixa de preocupar", disse o deputado.

Almeida também falou em "pressão de setores econômicos", que teria influenciado diretamente no protocolo de reabertura. "Não é uma situação que o resultado não seja previsível. Vamos aumentar o número de contágio inevitavelmente. E aquela situação em que a pressão de setores econômicos, pressão pra que a gente retome algumas atividades, tem sempre que buscar uma conciliação", afirmou o petista.