Coronavírus

Pesquisa feita em 55 hospitais brasileiros conclui que hidroxicloroquina não tem eficácia

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Resultado foi divulgado nesta quinta-feira (23)  |   Bnews - Divulgação Google Maps

Publicado em 23/07/2020, às 21h59   Redação BNews


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Uma pesquisa feita pelos principais hospitais brasileiros chegou à conclusão que o uso da hidroxicloroquina, em pacientes com sintomas leves ou moderados da Covid-19, não promoveu melhora na evolução clínica deles. 

A pesquisa foi feita através de uma parceria realizada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), com 665 pessoas em 55 hospitais brasileiros.

O resultado da pesquisa foi publicado, nesta quinta-feira (23), no periódico New England Journal of Medicine, e divulgado na coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Durante o experimento, os médicos observaram que, tanto os pacientes que foram medicados com hidroxicloroquina e azitromicina, quanto os que tiveram apenas suporte clínico, sem nenhuma das medicações, tiveram o mesmo resultado. O número de óbitos também foi parecido em todos os grupos: cerca de 3%.

Outra concussão da pesquisa foi que, nos grupos tratados com a hidroxicloroquina, houve um número maior de alterações em exames de eletrocardiograma, representando maior risco para arritmias. Esses grupos também apresentaram recorrentes alterações em exames que podem mostrar lesão hepática.

A pesquisa foi feita entre 29 de março e 2 de junho, com pacientes de idade em torno de 50 anos.

Outras oito pesquisas continuam sendo realizadas em pacientes com a Covid-19, incluindo o uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas mais graves da doença, além do uso de outras drogas como dexametasona, rivaroxabana, tocilizumab, atazanavir, daclatasvir, daclatasvir e sofosbuvir.

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