Coronavírus

OMS diz que Brasil enfrentará 'longo caminho' para deixar a pandemia

Josué Damacena/Fiocruz
O Brasil é o terceiro país com maior número de novos casos por 100 mil habitantes (330,1 na quinzena), à frente dos EUA, que tem 271,9/100 mil  |   Bnews - Divulgação Josué Damacena/Fiocruz

Publicado em 03/08/2020, às 11h31   Redação BNews


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Nos últimos dois meses, o Brasil viu o número de novos casos de infecção por coronavírus dobrar. Foram 635.288 casos nas duas semandas encerradas nesta segunda-feira (3). O número representa uma alta de 123% sobre os 283.755 novos casos da quinzena que terminou em 3 de junho. Durante esse período, a quantidade de mortos por quinzena passou de 13.228 para 14.616.

Nesta segunda, o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que a situação do coronavírus no Brasil “continua muito preocupante” e “o caminho à frente é longo e exige forte compromisso”. “A única saída para países com intensa transmissão comunitária, como o Brasil, é uma parceria forte entre governo federal e estaduais e o engajamento da sociedade”.

O Brasil é o terceiro país com maior número de novos casos por 100 mil habitantes (330,1 na quinzena), à frente dos EUA, que tem 271,9/100 mil. Mesmo com o arrefecimento da velocidade de crescimento, o número de novos casos ainda segue tendência alta.  

No último sábado (1°), o Brasil registrou 1.048 mortes pela Covid-19 e 42.578 casos da doença, de acordo com levantamento feito pela Folha em parceria com UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1. O país somava 93.616 mortes e 2.708.876 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus até sábado.

“É preciso criar condições para que a doença não se espalhe tão rapidamente, dar estrutura para que as comunidades possam seguir as regras e cada pessoa reduza sua própria exposição ao contágio”, disse o diretor-executivo da OMS.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Ryan afirma que não há “bala de prata” contra a pandemia e é preciso adotar uma estratégia ampla, que combine teste, rastreamento e quarentena com informação e engajamento das pessoas, uso de máscara e medidas de higiene.

“Alguns países terão que dar um passo atrás e ver se estão de fato fazendo tudo o que é possível politicamente, economicamente e do ponto de vista médico nesta pandemia”, afirmou.

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