Coronavírus

Empresa nega que tenha realizado festa em Boipeba após proibição da Justiça

Leitor Bnews
Em contato com a redação, a Mareh informou que "a produção foi interrompida em conformidade com a comunicação da ação judicial".   |   Bnews - Divulgação Leitor Bnews

Publicado em 31/12/2020, às 14h10   Redação Bnews


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A Mareh Agência de Eventos, de São Paulo, negou que tenha realizado qualquer tipo de festa na pequena Boipeba, que pertence a cidade de Cairu, no sul do estado. Nesta quarta-feira (30), o Bnews recebeu denúcias de moradores que afirmaram que a empresa estaria causando aglomerações durante um evento realizado em alto mar em três escunas que partiam todos os dias do centro da ilha . Em contato com a redação, a Mareh negou a realização da festa e informou que "a produção foi interrompida em conformidade com a comunicação da ação judicial". 

A empresa foi proibida de realizar a festa privada de Réveillon após a Justiça Baiana acatar um pedido do Ministério Público da Bahia que alegou que a festa traria riscos para a comunidade, já que seria realizada em meio à pandemia. A prefeitura de Cairu também emitiu um decreto proibindo a realização de festas no município. A empresa recorreu da decisão, mas não obteve êxito.

Moradores da região afirmaram que a festa havia arrastado centenas de turistas até à ilha e que, além do fato de ter muitas pessoas dividindo o mesmo espaço, e aparentemente sem proteção, no pós-festa, muitos não se preocupavam em expor seus momentos íntimos.

Na página oficial da empresa, um comunicado emitido no dia 19 de dezembro informava aos clientes que a festa havia sido cancelada devido ao aumento de casos de Covid-19. A empresa descreve que a edição da festa “seria uma das mais especiais”, já que “a maioria nunca havia tido uma experiência de separação ou isolamento tão intensa”.

O BNews procurou a empresa Mareh Agência de Eventos, pelo endereço de email disponibilizado no site, nesta quarta-feira antes da publicação da reportagem, mas não obteve resposta. Nesta quinta-feira (31), os responsáveis entraram em contato para negar as acusações dos moradores.

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