Coronavírus

Filhas de empresário, médicas são atacadas na internet acusadas de furar fila de vacinação contra a Covid-19

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O governo do Amazonas informou que "apenas distribui as vacinas, mas a aplicação delas é feita pelas prefeituras"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais

Publicado em 20/01/2021, às 21h40   Redação BNews



Recém-nomeadas para trabalhar na área administrativa de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Manaus, duas médicas foram vacinadas contra o coronavírus e estão sendo alvos de ataques nas redes sociais. Gabrielle e Isabelle Lins são filhas de um empresário do ramo da educação no Amazonas.

Gabrielle foi nomeada na segunda-feira (18), dia em que as vacinas foram enviadas à cidade. Ela está como gerente de projeto, com salário de R$ 8 mil. Assim como a irmã, ela se formou no ano passado.

As duas dizem que estão na linha de frente na UBS Nilton Lins, unidade batizada com o nome do pai delas, o dono da Universidade e das Escolas Nilton Lins.

"Nunca tomei uma vacina tão feliz", escreveu Gabrielle em sua rede social. "Vacinada sim!", postou Isabelle. As duas estão sendo acusadas de furar a fila da vacinação devido à influência de seu sobrenome. 

Através do Twitter, a juíza Jaiza Pinto Fraxe pediu para que as pessoas não furassem a fila da vacina e não deixassem ninguém furar. O governo do Amazonas informou que "apenas distribui as vacinas, mas a aplicação delas é feita pelas prefeituras".

A prefeitura de Manaus alegou que as duas estão entre os dez médicos recém-nomeados para gerenciar projetos, mas que foram colocadas na linha de frente diante da necessidade. Questionada pelo Uol, a administração não explicou se as irmãs estão atendendo pacientes. "Nada houve de ilegal, pois fazem parte do grupo preferencial e estavam no exercício de suas funções", cita a nota.

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