Coronavírus

Infectologistas explicam quando procurar ajuda médica após testar positivo para a Covid-19

Dinaldo Silva/ BNews
Elas orientam ainda o que fazer após o período do isolamento  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/ BNews

Publicado em 25/02/2021, às 19h10   Márcia Guimarães


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Com mais de 4 mil novos casos de coronavírus por dia na Bahia, não tem sido incomum as pessoas receberem a notícia que foram infectadas com a doença. O que fazer quando o teste para a Covid-19 der positivo? Primeiro de tudo, os especialistas indicam manter a calma e partir para o isolamento para observar como a infecção se comportará no organismo do indivíduo. É fundamental também que a pessoa se hidrate bastante e se alimente corretamente nesse período.

Caso o paciente esteja apresentando sintomas moderados ou graves, como falta de ar, é aconselhável procurar um gripário ou a emergência de um hospital particular para quem possui plano de saúde. O coronavírus tende a piorar entre o 7º e o 10º do aparecimento dos primeiros sintomas. Inclusive, a falta de ar costuma ocorrer nesse período.

“A pessoa tem que se observar. Se procurar o sistema de saúde com os sintomas muito precoces, não há o que fazer além de observar a evolução da doença. Caso surja algum sintoma novo, tem que procurar atendimento médico. Os sintomas iniciais são leves e não há remédio que se use nessa fase para a Covid-19, só para os sintomas, como dor de cabeça, náusea e vômito. É importante ressaltar que não há remédio para que a pessoa não evolua com gravidade para a Covid-19”, esclareceu a infectologista Clarissa Cerqueira.

Ela diz que o isolamento deve ser de 14 dias se não houver sintomas. Se surgirem os sintomas, uma nova contagem de 14 dias começa a partir do aparecimento deles, pois é o período em que a doença fica mais transmissível. Em ambos os casos, todos os infectados devem ficar isolados em casa.

Já a infectologista da Secretaria de Saúde de Salvador, Adielma Nizarala, afirma que, se o indivíduo infectado estiver assintomático no 11°dia após o início dos sintomas, ele poderá voltar à sua rotina utilizando máscara e seguindo os demais protocolos sanitários. “Testes mostraram que, a partir do 10º dia de infecção, o que tem na árvore respiratória são apenas partículas virais que não são capazes de causar infecção em outras pessoas”, afirmou Adielma.

Em casos leves, quem precisar de orientações médicas, pode procurar os Multicentros, Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Saúde da Família de Salvador. Adielma destaca que os gripários só devem ser procurados por pessoas com sintomas que sejam potencialmente graves.

Em Salvador, há gripários instalados em São Cristóvão, nas UPAs dos Barris, Paripe, Pirajá/Santo Inácio, Pau Miúdo e na Ilha de Bom Jesus dos Passos.

“Se a pessoa começar a apresentar piora no quadro a partir do 7º a 8º dia, é preciso procurar o médico, pois aí mostra que o ciclo da doença não foi cumprido, não houve uma melhora. A história natural de um quadro gripal não se completou: começando com poucos sintomas, passando a ter um pouco mais, depois diminuindo e melhorando até o desaparecimento da doença”, explicou a infectologista. 

O coronavírus, quando se agrava, pode causar alterações pulmonares, na coagulação sanguínea, infarto, AVC, miocardite, entre outras doenças. Então, é importante também não deixar a situação se agravar, por isso a necessidade de se observar durante o isolamento.

Adielma lembra que não há remédios para prevenir a evoluções dos casos da Covid-19 e as pessoas não morrem “da noite para o dia”. “Elas vão piorando e não procuram o atendimento médico. Quando procuram, já está tarde”, reforçou. 

Após o isolamento

E depois do isolamento, o que fazer? As infectologistas explicam que, se o paciente estiver sintomático, deverá ser reavaliado para que continue em isolamento até que esteja sem qualquer manifestação da doença. 

Cada organismo responde de uma forma ao vírus. Há pessoas que podem apresentar sintomas residuais da doença, como cansaço, principalmente se forem pacientes que passaram por internação. O mais aconselhável é continuar se observando e manter o acompanhamento médico regular, se possível.  

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