Coronavírus

CNC calcula que varejo baiano perdeu 4,1 mil estabelecimentos comerciais em 2020

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Dados da CNC seguem em linha com a retração de 6,7% nas vendas do varejo para o ano passado, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia   |   Bnews - Divulgação BNews/Arquivo

Publicado em 04/03/2021, às 17h29   Redação BNews


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O saldo entre aberturas e fechamentos de loja com vínculos empregatícios no comércio varejista baiano ficou negativo em 4,14 mil unidades em 2020. É o que revela levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O desempenho baiano representa a maior retração na quantidade de estabelecimentos com estas características desde 2016 (-3,09 mil).Os dados da CNC seguem em linha com a retração de 6,7% nas vendas do varejo para o ano passado, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).

O faturamento no período atingiu R$ 102 bilhões, pior resultado em uma década. O levantamento da Confederação também aponta que todo o cenário do varejo no País seguiu tendência negativa em 75,2 mil unidades no ano passado – igualmente com a maior retração na quantidade de estabelecimentos desde 2016 (-105,3 mil).

De forma semelhante, regionalmente, 2020 implicou em saldos negativos em todas as unidades da Federação, destacando-se os fechamentos líquidos nos Estados de São Paulo (-20,30 mil), Minas Gerais (-9,55 mil) e Rio de Janeiro (-6,04 mil). Micro (-55,18 mil) e pequenos (-19,19 mil) estabelecimentos responderam por 98,8% da perda de pontos comerciais em todo o país.

No ano passado, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro, medido através do conceito ampliado (apropriando os dados dos segmentos automotivo e de materiais de construção), encolheu 8,7% em relação a 2015, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o pior ano do setor desde o início dos levantamentos mensais no ano 2000.

A CNC também conclui que o cenário para os próximos meses ainda é incerto quanto à magnitude da retomada do consumo presencial. Este cenário não difere do cenário com o qual a  Fecomércio-BA vem trabalhando desde a volta de medidas restritivas mais rígidas para conter o avanço da Covid-19.  

A Federação estima que as ações  impactaram na confiança do empresário soteropolitano em -9% no primeiro bimestre, conforme mostra o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC) da Entidade. Os empresários conseguiram respirar com o aumento de vendas no segundo semestre de 2020, mas agora, sem caixa, sem crédito, a tendência é que haja um aumento do fechamento de estabelecimentos.

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