Coronavírus

Falha em máquina deve atrasar entrega da vacina de Oxford pela Fiocruz

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fiocruz, acumula, no entanto, 18 dias de atraso na entrega à Anvisa de lotes para a validação  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 08/03/2021, às 09h25   Redação BNews


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Uma falha técnica provocou o atraso na entrega de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca envasadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo afirmaram ao GLOBO duas fontes da instituição. Uma máquina reservada para o processamento do produto teve desempenho aquém dos parâmetros exigidos. Pelo calendário da Fundação, seriam distribuídos 2.8 milhões de doses este mês, mas com a falha é possível que haja uma redução no número.

Com esse atraso na entrega das doses, a Fiocruz, que no ano passado assinou contrato com o laboratório anglo-sueco e a universidade britânica para a produção do imunizante no Brasil, não deve entregar as doses ao Plano Nacional de Imunização (PNI) nas datas inicialmente previstas, atrasando ainda mais a vacinação do grupo prioritário no país, principalmente idosos e profissionais da saúde. O contrato com a AstraZeneca/Oxford foi o investimento em vacinas prioritário do governo federal no combate à pandemia, por meio da fundação subordinada ao Ministério da Saúde.

Em seis de fevereiro, a Bio-Manguinhos recebeu, com atraso de mais de um mês devido a problemas com a liberação do produto na China, o primeiro dos lotes do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina. Esse primeiro lote continha 90 litros do IFA. De acordo com a fundação, a quantidade seria insuficiente para a produção das 7,5 milhões de doses previstas inicialmente, para as quais seriam necessários 225 litros. Com os 90 litros, seria possível, no entanto, produzir 2,8 milhões de doses para serem distribuídos em março, garantindo a entrega dos lotes de validação à Anvisa, o que deveria ter sido feito no dia 18 de fevereiro.

O Instituto de Biotecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade responsável pela produção de vacinas e biofármacos da Fiocruz, acumula, no entanto, 18 dias de atraso na entrega à Anvisa de lotes para a validação do envase do imunizante britânico. De acordo com o calendário divulgado pelo instituto, os lotes deveriam ter sido encaminhados à Anvisa no dia 18 de fevereiro, mas a agência informou que, até sexta-feira passada, não havia recebido o previsto de Bio-Manguinhos. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Fiocruz não respondeu aos pedidos de detalhamento da falha técnica.

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