Coronavírus
Publicado em 25/03/2021, às 16h28 Redação BNews
Três dos quatro pacientes que passavam por um tratamento experiencial e sem eficácia comprovada com nebulização da cloroquina morreram em hospital de Camaquã, no Rio Grande do Sul, nesta semana.
Em nota, o hospital Nossa Senhora Aparecida não confirmou que as mortes estejam diretamente ligadas ao tratamento experimental. Antes disso, porém, o diretor-técnico do local, Tiago Bonilha de Souza, apresentou uma versão diferente dos fatos.
"Não verificamos que a nebulização esteja contribuindo para melhorar o desfecho dos pacientes. Os indícios sugerem que está contribuindo para a piora porque todos os casos (de óbito) apresentaram reações adversas após o procedimento", disse Tiago em entrevista à Rádio Gaúcha.
O tratamento experimental era liderado pela médica Eliane Scherer, que foi demitida da instituição no dia 10. O hospital chegou a denunciar a profissional ao Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul) e ao MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) alegando 17 infrações.
O procedimento testado por Scherer não seguia os protocolos de saúde do hospital nem do fabricante da substância. "A profissional descumpria protocolos [de segurança] de forma contumaz", destacou a assessoria jurídica da instituição.
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