Coronavírus

Jovens marcam festas por WhatsApp e debocham da fiscalização que combate a covid-19

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Publicado em 05/04/2021, às 08h33   Redação BNews


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No momento em que o Rio de Janeiro enfrenta um dos piores momentos da pandemia de covid-19, jovens marcam festas e debocham das medidas se segurança para conter o vírus em grupos de WhatsApp. 

Neste domingo (4), no estado, 682 pessoas aguardavam na fila por uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). São 15 dias seguidos do aumento da média móvel de mortes e 37.687 óbitos desde o ano passado.

A reportagem de O Globo teve acesso a alguns grupos. Segundo o jornal, eles comemoram quando conseguem ludibriar a fiscalização e debocham até do álcool em gel na entrada de alguns lugares. 

Na publicação também é detalhado que as discussões nos grupos de mensagens beiram o absurdo. Há os que dizem acreditar, erroneamente, já estarem imunes ao vírus, sobretudo, por estarem muito expostos. Há até quem argumente que o uso de drogas “criaria uma camada protetora nas paredes das vias aéreas”. Eles também defendem a vacinação dos mais jovens porque “os idosos não saem de casa”. 

Como a fiscalização tem apertado o cerco, os organizadores só divulgam o endereço dos eventos para quem comprou ingresso antecipado, normalmente, pago pelo PIX. As casas alugadas tanto podem ficar em bairros conhecidos como em chácaras longe do Centro. Uma das táticas, segundo a prefeitura da capital, é promover as festas em áreas com influência do crime organizado, principalmente milícias.

O jornal entrevistou um dos frequentadores dessas festas no estilo rave, um enfermeiro que já foi vacinado contra a covid-19 e atua no combate à doença em uma unidade de saúde.

“Você colabora para a propagação da doença. No começo, estava muito agoniado, mas, depois de um tempo, a preocupação diminuiu. É como uma montanha-russa: quando estou na festa esqueço do mundo lá fora; mas, quando volto, me sinto culpado”, disse ao jornal.

Segundo a Secretaria municipal de Ordem Pública, 101 eventos foram suspensos este ano: média de mais de um por dia. O secretário Breno Carnevalle compara o trabalho a um jogo de “gato e rato”. “É a concretização do negacionismo. Até denúncias falsas são usadas como contrainformação”.

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