Fabricantes da Sputnik V criticam decisão da Anvisa de negar pedido de importação da vacina: "natureza política"

Os fabricantes da vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V afirmaram, nesta terça-feira (27), que consideram " da natureza política" a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa de não autorizar a importação do imunizante.

"Os atrasos da Anvisa na aprovação da Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência. O Departamento de Saúde dos Estados Unidos, em seu relatório anual de 2020 há vários meses, declarou publicamente que o adido de saúde dos Estados Unidos 'persuadiu o Brasil a rejeitar a vacina russa'. O povo brasileiro aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal",  escreveu o perfil oficial da vacina russa no Twitter.

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A Anvisa negou na segunda-feira um pedido de dez estados brasileiros, incluindo a Bahia, para importar a vacina russa Sputnik V. Segundo diretores e equipe técnica, a falta de dados mínimos e a identificação de pontos críticos entre aqueles apresentados –como falhas no desenvolvimento que trazem incertezas sobre a segurança da vacina– levaram à não aprovação.

A negativa da agência reguladora faz com que a Bahia deixe de receber quase 10 milhões de doses, frutos de um acordo entre o governo do estado e os russos. 

O secretário estadual da Saúde, Fábio Villas-Boas, criticou a justificativa da Anvisa que alega falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante e ausência de relatório técnico que ateste o padrão de qualidade. A Gerência de Inspeção e Fiscalização afirma também que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante ida a Moscou.