Coronavírus

Ministério da Saúde diz que pessoas devem tomar segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo fora do prazo

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Estados e municípios passam por um período de escassez de doses para a segunda aplicação da vacina contra a Covid-19   |   Bnews - Divulgação Banco de imagens/Gov.BR

Publicado em 27/04/2021, às 20h58   Redação BNews



O Ministério da Saúde informou em nota, nesta terça-feira (27), que as pessoas devem tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19 mesmo fora do prazo aconselhado pelos laboratórios.

"Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença", disse a pasta em nota enviada à imprensa. 

Estados e municípios passam por um período de escassez de doses para a segunda aplicação da vacina contra a Covid-19 e, na segunda (26), o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu estar preocupado com a falta do imunizante por causa do atraso na entrega feita pelo Instituto Butantan. 

"Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Se os senhores se lembram, há cerca de um mês se liberou as segundas doses para que se aplicassem [na primeira dose de outras pessoas da fila] e, agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose", explicou o ministro.

De acordo com a Folha de São Paulo, as duas vacinas que o Brasil oferece para a população necessitam de duas aplicações para atingir 100% de eficácia. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Coronavac é de 28 dias e para o imunizante da AstraZeneca/Oxford, o período é de 12 semanas.

"É improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas contra a Covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal", diz a pasta, que ainda completa afirmando que "atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina (4 semanas - Sinovac/Butantan) devem ser evitados uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose. Observa-se que, ainda que ocorram atrasos no esquema vacinal, o mesmo deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível".

Por fim, o ministério afirma ainda na nota que deve enviar 416.507 doses da vacina para as pessoas que fazem parte de três grupos prioritários e representam 3% dos profissionais de saúde, 6,2% do grupo das forças de segurança e salvamento e 1,9% dos idosos de 60 a 64 anos, que iniciaram o processo de vacinação na metade do mês de abril. A previsão é que o envio dos imunizantes aconteça no início do mês de maio.  

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