Coronavírus

Reunião entre Sinjorba, ABI e MP-BA busca levantar bandeira da paz no conflito da vacinação

Dinado Silva/BNews
Bnews - Divulgação Dinado Silva/BNews

Publicado em 07/06/2021, às 15h31   Victor Pinto


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Após a repercussão sobre a tentativa do Ministério Púbico da Bahia (MP-BA) em barrar a vacinação dos jornalistas baianos, incluídos no grupo prioritário, uma bandeira da paz foi levantada entre os promotores e a categoria. O presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba), Moacy Neves, o presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, e integrantes do MP-BA responsáveis pelo grupo de trabalho focado nas ações da pandemia se encontraram no fim da manhã desta segunda-feira (7). A ação aconteceu após a reação e repercussões dadas pelos jornalistas em artigos, comentários e nas redes sociais. 

Pelo relatado ao BNews, os promotores afirmaram e enalteceram a relação do MP com a imprensa e descartaram qualquer tentativa personalizada de não prover com a vacinação da categoria. Afirmam terem utilizado de critérios técnicos com base da não inclusão da categoria no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) e, por isso, emitiram a recomendação e acionaram o caso na Justiça. 

Moacy Neves, no entanto, pontuou ter visto com estranheza que logo após a primeira reunião de representantes da imprensa com o MP, os promotores de pronto ingressaram com ações no Tribunal de Justiça da Bahia e no Supremo Tribunal Federal. E que em nenhum momento foi buscado o diálogo após o fato. 

Como já fora noticiado, apesar de terem perdido no pedido de liminar no TJ-BA, membros do MP pressionaram autoridades públicas para que não procedessem com a vacinação. 

Neves afirmou que foi explicado aos promotores toda a questão, mostrada a organização feita pelas entidades com o registro de 10 mil nomes, em toda a Bahia, de trabalhadores da imprensa que atuam na linha de frente. “Essa quantidade, por exemplo, corresponde, somente, a 2,5% de toda a vacina recebida no Estado na semana passada”, explicou.

O BNews conversou com alguns membros do GT do MP-BA que confirmaram uma reunião tranquila e cortês, ressaltaram o papel da imprensa no processo democrático e que uma posição oficial seria emitida sobre o encontro. Até a publicação desta matéria, essa nota não fora enviada.   

SUPREMO - Apesar da reunião, ainda segue em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) a reclamação constitucional ingressada pelo MP para barrar a aplicação das doses. O ministro Dias Toffoli apenas procedeu com despacho solicitando informações ao governo da Bahia. O Sinjorba pretende ingressar, ainda nesta semana, com pedido para integrar o processo como amicus curiae.

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