Coronavírus

Titular da CPI, Otto avalia que Pazuello mentiu para livrar Bolsonaro

Jefferson Rudy/ Agência Senado
Senador criticou omissão de envolvidos  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/ Agência Senado

Publicado em 15/06/2021, às 17h12   Redação BNews


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O senador Otto Alencar (PSD-BA), titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, criticou a omissão e a capacidade "de brigar com a verdade" de alguns depoentes da CPI. Otto exemplificou a questão ao avaliar que Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, mentiu para livrar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) da responsabilidade das decisões na pandemia.

"Pessoas incompetentes na cadeira dos órgãos de Estado. O ex-ministro Pazuello, o ex-secretário do Amazonas [...]  Uma tragédia formada por um Governo Federal que nomeia um general que não tinha condição de ser ministro e por um governo estadual que nomeia um engenheiro para tratar da saúde do povo. Todos os dois são muito responsáveis pelas mortes que ocorreram em Manaus [...] É um caso dramático, eu nunca esperei ouvir numa CPI tantas pessoas com capacidade de omissão e de brigar com a verdade. Mentindo, para ocultar aquele que determinou que se fizesse as coisas equivocadas no Brasil, que é o presidente, o chefe do gabinete das sombras, de onde saiu todas as ordens para Pazuello executar", afirmou o pessedista.

O senador criticou também a incapacidade do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo, depoente desta terça-feira (15), por sua condução do estado na pandemia. Manaus, capital do Amazonas, sofreu com uma crise de abastecimento de oxigênio neste ano. "Ele (Marcellus Campêlo) não soube responder o óbvio. Não deram atenção, não compraram oxigênio, kit de intubação", complementou.

Otto afirmou que Pazuello deve ser ouvido novamente pela CPI, pois os documentos enviados à Comissão, indicam que o ex-ministro mentiu sobre a crise de oxigênio em Manaus. 

"Os documentos sigilosos vão mostrando que o ex-ministro Pazuello agiu muito mal, acho que ele vai ter que voltar para prestar novos depoimentos. As datas não batem,  já temos a confirmação de que ele mentiu no depoimento dele. Um general, ex-ministro da Saúde, vem para CPI discorrer de temas que não conhece, e quando conhece, ele se omite, briga com a verdade", finalizou o senador.

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