Coronavírus
Publicado em 18/06/2021, às 09h05 Redação BNews
Defensores do chamado “tratamento precoce” contra o coronavírus, os médicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves serão ouvidos nesta sexta-feira (18) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia de Covid-19. Na pauta da sessão também está prevista a votação de 11 requerimentos.
De acordo com a CNN Brasil, Zimerman foi convidado pelos Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Marcos Rogério (DEM-RO), enquanto Alves foi chamado foi chamado por Jorginho Mello (PL-SC) e Ciro Nogueira (PP-PI), além do próprio Heinze.
"Vemos as pesquisas científicas e as políticas públicas sendo construídas dia a dia, minuto a minuto, em cima de casos, dados e estatísticas divulgados que ainda vão demandar muitas pesquisas adicionais. Pensamos que a convocação de Zimerman será de importância singular para que exponha sua atuação e seus conhecimentos sobre o assunto”, explicou Marcos Rogério no requerimento.
Perfis
Zimerman é médico infectologista e ex-presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar (AGIHRS). Ele alega que medicamentos que fazem parte do "tratamento precoce", como a hidroxicloroquina e a ivermectina, já possuem eficácia comprovada.
Alves, por sua vez, é especialista em Infectologia pelo Instituto Emílio Ribas e diretor-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP). Ainda segundo a CNN, ele é apontado como um dos coautores da nota informativa do Ministério da Saúde que dava orientações para o "tratamento precoce" da Covid-19.
“O doutor Francisco Eduardo Cardoso Alves possui ampla experiência na área clínica em doenças infectocontagiosas, parasitárias e tropicais (consultório, ambulatório, enfermaria, emergência e terapia intensiva), e como médico intensivista plantonista em hospitais de doenças infecciosas, tanto da rede pública quanto privada”, argumentou o senador Ciro Nogueira no requerimento.
Requerimentos
Os parlamentares devem votar 11 itens antes da oitiva com os médicos, como o pedido do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e do senador Alessandro Vieira (sem partido) para ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel em reunião reservada.
No depoimento de quarta-feira (16), o ex-juiz federal disse que tinha "fatos gravíssimos" para revelar sobre a atuação do Palácio do Planalto no combate à pandemia. Contudo, Witzel afirmou que só apresentaria os supostos fatos em sessão com portas fechadas.
“A ser reputada verdadeira a alegação do senhor Witzel de que teria material robusto a oferecer a esta CPI, corroborando fatos graves que pretende expor reservadamente, julga-se conveniente a sua oitiva nesses termos”, pediu Alessandro Vieira.
Também devem ser votados os pedidos de convocação do atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do secretário estadual de Saúde fluminense, Alexandre Chieppe.
Baseado nas declarações de Witzel, Vieira ainda solicitou requerimentos para a transferência de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático das entidades: Instituto Unir Saúde, Viva Rio, Associação Filantrópica Nova Esperança, Associação Mahatma Gandhi (OS), Instituto dos Lagos Rio (OS) e Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).
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