Coronavírus
Publicado em 27/06/2021, às 16h58 Redação BNews
Os estudos com a principal aposta do governo federal para um imunizante "totalmente nacional", e outras três vacinas financiadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, caminham a passos lentos e só devem começar a gerar frutos no ano que vem.
O portal UOL apurou com o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, que o projeto mais avançado é o do Versamune, cujo financiamento foi anunciado pelo governo federal em 26 de março deste ano.
Contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou que mais pacientes sejam envolvidos nas fases um e dois do que o previsto quando a vacina foi protocolada na agência. A data para o novo protocolo, segundo a publicação, é 24 de julho.
Primeiro, os laboratórios realizam pesquisas pré-clínicas para conhecer o comportamento do vírus. A seguir vêm os estudos com testes em humanos, são três fases clínicas.
Na primeira, é avaliada a segurança e possíveis reações indesejáveis, enquanto na segunda, é avaliada a dosagem e a forma de vacinação com componentes mais adequados e a capacidade de gerar anticorpos na população que deverá receber a vacina.
Na terceira, e última fase, são realizados testes em grandes populações. Além da Versamune, o ministério destaca outros três projetos de imunizantes em estágio "mais adiantado".
São eles: um spray nasal desenvolvido pelo Instituto do Coração, em São Paulo, que pretende impedir também a transmissão do coronavírus por agir nas vias respiratórias para imunizar as pessoas; uma vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e um imunizante desenvolvido na Bahia, de RNA.
O governo federal promete destinar R$ 310 milhões para o desenvolvimento da vacina que avançar para a fase 3 dos estudos — que envolverá mais de 20 mil voluntários.
"Esse ajuste [pedido pela Anvisa] foi feito e, para isso, foi elaborado um novo lote piloto. Em breve, nós vamos iniciar a vacinação em ensaio clínico com pacientes", disse
Morales à Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados, no último dia 15. Segundo o secretário, o MCTI financia atualmente estudos de 15 vacinas.
Desenvolvida pela empresa Farmacore Biotecnologia, em parceria com a Faculdade de Medicina da de Ribeirão Preto (FMRP), a Versamune foi anunciada em março pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes, horas depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar a Butanvac.
Apesar de ter sido qualificada pelo tucano como "a primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus", noticiou-se, posteriormente, que o imunizante conta com tecnologia norte-americana.
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