Coronavírus
Publicado em 02/07/2021, às 11h36 Nilson Marinho e Marcio Smith
O governador Rui Costa (PT) avaliou que com a liberação para importação da vacina russa Sputnik V a Bahia poderá acelerar a vacinação contra covid-19, doença causada pelo coronavírus, da população acima de 18 anos. A declaração do petista foi dada nesta sexta-feira (2) na solenidade do 2 de Julho, dia da Independência do Brasil na Bahia.
"A expectativa é que a gente acelere a vacinação, esperamos conseguir a Sputnik o quanto antes. São 10 milhões de doses e esses 10 milhões a gente poderia dar o prazo para ter 100% da população vacinada acima de 18 anos imediatamente. Fica aqui a esperança nesse 2 de Julho", afirmou o governador.
Avesso a estipular um prazo para vacinação de toda população vacinável, como tem sido feito pelo governador João Doria (PSDB-SP) e pelo prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ), Rui tem destacado a agilidade da Bahia na aplicação e distribuição dos imunizantes para os municípios. Além disso, o petista tem dito que definir uma data seria dar falsas expectativas, visto que a entrega de vacinas é responsabilidade do governo federal.
Em 24 junho, a gestão estadual oficializou a compra da vacina russa. Conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), o governador Rui Costa fechou com a Sociedade de Responsabilidade Limitada "Human Vaccine" - para a aquisição do imunizante russo por US$ 97.214.286,00 (R$ 477.934.594,26), preço estimado. A expectativa é de que as doses do imunizante cheguem julho e que o imunizante seja distribuído para cinco cidades de médio porte próximas da capital baiana.
Em 5 de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação, ainda que sob determinadas condições, das vacinas Covaxin e Sputnik V, ambas contra covid-19. A decisão foi tomada por 4 votos a 1 em reunião da diretoria do órgão que durou cerca de sete horas.
A autorização de importação excepcional abrange apenas quantidades predeterminadas de cada imunizante. A Anvisa não autorizou o uso emergencial das vacinas, mas apenas a utilização de quantitativos específicos sob condições controladas.
O órgão autorizou a importação por seis estados, no quantitativo equivalente a 1% da população de cada um. O estado da Bahia foi autorizado a importar 300 mil doses; o Maranhão, 141 mil doses; Sergipe, 46 mil doses; o Ceará, 183 mil doses; Pernambuco, 192 mil doses, e o Piauí, 66 mil doses.
A agência informou que "vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados".
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