Diretora de comunicação da Avon Brasil afirma que produtos de beleza tiveram papel emocional na pandemia

Sabe-se que a pandemia da Covid-19 refletiu diretamente no cotidiano das pessoas, sobretudo no que diz respeito aos hábitos de beleza. Este fato é ainda mais evidente para as mulheres, que acabaram reinventando os modos de utilizar produtos como maquiagem, perfumaria e demais itens de cuidado com o corpo. Para apurar as mudanças de comportamento do público feminino desde a chegada do novo coronavírus, a Avon Brasil realizou um levantamento que mapeia as transformações na autoestima de mulheres nordestinas neste período. Durante entrevista ao programa Pauta Livre, da BNews TV, na tarde desta sexta-feira (13), a diretora de comunicação da marca, Viviane Pepe, comentou os resultados da pesquisa.

"A gente queria olhar um pouco a mudança de comportamento [das mulheres] com beleza, as suas relações com beleza, com maquiagem, muito do que a gente já estava sentindo, o lado realmente da autoestima, as transformações de autoestima durante a pandemia; como que os produtos estavam presentes nas suas vidas; qual era o papel desses produtos durante essa jornada que tem sido essa pandemia, e tivemos muitas surpresas. Confirmamos algumas hipóteses, tivemos algumas outras novidades, foi super rica [a pesquisa]”, relatou a comunicadora sobre o objetivo da Avon com o levantamento. 

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Resultados da pesquisa

De acordo com Viviane, entre os resultados da pesquisa realizada com 1.000 mulheres do Nordeste, foi identificado que produtos de beleza tiveram um papel emocional para 8 em cada 10 delas durante o isolamento social. Mais de 80% das mulheres nordestinas disseram que produtos de beleza foram aliados em tempos de pandemia para aumentar a sensação de bem-estar em alguns momentos do cotidiano. 

O levantamento aponta que, na pandemia, beleza significa saúde e valorização pessoal para as nordestinas. Cerca de 62% das entrevistadas passaram a ficar mais em casa, o que levou a um momento de descolamento dos padrões estéticos e maior sensação de liberdade. Para 80,7% das entrevistadas, no período de isolamento social, a autoestima se tornou muito mais uma questão de bem-estar do que de padrões. O dado revela um movimento voltado para o interior, valorizando a saúde (65,7%) e a as qualidades pessoais (28,9%) como fatores importantes de um novo olhar para a própria imagem.

Além disso, o estuda aponta que o período de transformações também derruba antigas crenças sobre maquiagem entre as mulheres do Nordeste. Um total de 79,9% das entrevistadas afirmou que o batom vermelho é algo que uma mulher usa para ela se sentir bem, e não para chamar a atenção de outras pessoas. Outras 75,2% dizem que maquiagem colorida, brilho e perfume também podem ser usados dentro de casa.

A pesquisa revelou também que a maquiagem melhorou o humor de 81,3% das mulheres no Nordeste durante a pandemia. As nordestinas utilizaram esses cosméticos tanto em compromissos presenciais (28,7%), quanto online (29,2%), bem como para estas se sentirem mais bonitas (25,7%), ou para melhorar dias em que elas se sentiam desanimadas (11%).  

Não à toa, os resultados dos estudos apontam que as mulheres nordestinas querem usar ainda mais maquiagem e perfume quando a pandemia acabar. Maquiagem (67,8%) e perfume (59,4%) são os itens que passarão a ser usados com mais frequência nesse novo contexto, segundo o levantamento.

Movimento de reinvenção 

Em entrevista à BNews TV, Viviane Pepe também comentou sobre o mais novo posicionamento da Avon Brasil, a campanha “Olha de Novo”, através da qual foi realizada a pesquisa. "É uma campanha que a gente tem uma conexão paralelo entre a jornada de transformação da Avon, mas principalmente com a trajetória das mulheres. As suas histórias de superação, suas histórias de vida, as mulheres realmente mostrando aí todo o seu potencial e o que foi subestimado nas suas trajetórias”, conta a diretora de comunicação.

“Uma outra coisa que é um paralelo muito importante é como que a gente convida com essa campanha as pessoas a fazerem uma revisão de seus olhares. Uma revisão sobre preconceito, sobre o que elas entendiam como padrão de beleza, um novo jeito de falar também sobre beleza, maquiagem, autoestima, relação com seus corpos. Então, a gente mostra muito as belezas que a Avon olha de uma maneira plural, de uma maneira diversa, de uma maneira que realmente reconecte essa marca cada vez mais, com muitas e muitas mulheres, como foi a trajetória inteira de 135 anos”, acrescentou. 

A comunicadora relatou ainda quais são as bandeiras levantadas pela Avon em seu mais novo posicionamento. "A gente volta a falar muito de valores que estão na essência da marca. É uma marca que já nasceu de uma maneira muito de vanguarda, lá 135 anos atrás. Foi a primeira companhia realmente voltada para a mulher, a mulher como um vetor central, o centro de tudo, então desde o desenvolvimento de produtos, até um modelo de negócios”, explica. 

“Tem um olhar muito importante sobre realmente um apoio à autonomia feminina, ao poder de escolha das mulheres, a falar realmente sobre causas relevantes de gênero, e também a transversalidade de causas como, por exemplo, o ativismo LGBTQIA+ que também está muito presente no DNA da Avon, além do olhar também sobre o movimento antirracismo”, concluiu Viviane.