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Na reta final da CPI, senador tenta quebra de sigilos telefônicos e bancários de Bruno Dauster

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Para o senador cearense, o contrato de rateio envolvendo “verbas públicas milionárias realizado pelo Consórcio do Nordeste  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 16/09/2021, às 14h48   Victor Pinto*


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O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) não terminou sua cruzada de pautar na CPI da Pandemia, que está na sua reta final, o caso da compra fracassada dos respiradores pelo Consórcio do Nordeste. Apresentado no mês passado, além da convocação, Girão, que tem adotado uma postura pró-governo na comissão, quer a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster. 

A negociação dos respiradores, no âmbito do Consórcio, ficou sob o encargo do Governo da Bahia, através de um Convênio de Cooperação Técnica entre a entidade e o Estado da Bahia. Nesse, ficou acordado que a Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) prestaria apoio técnico necessário para a aquisição emergencial. “Diante desse fato, o ex- secretário da Casa Civil daquele estado, Bruno Dauster Magalhaes e Silva, homem de confiança do governador Rui Costa, tomou a frente das negociações primeiramente no dia 05/04/2020”, garante Girão na justificativa. 

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Para o senador cearense, o contrato de rateio envolvendo “verbas públicas milionárias realizado pelo Consórcio do Nordeste sob a administração executiva do sr. Carlos Eduardo Gabas, em parceria com o Governo da Bahia, sempre se mostrou nebuloso e com falhas grotescas na sua composição ferindo, inclusive, dispositivos normativos que regem a matéria”. 

“Tal compra, pela não entrega dos aparelhos contratados, foi alvo da chamada Operação Ragnarok, da Polícia Civil da Bahia custou mais de 48,7 milhões de reais ao erário, pagos com dispensa de licitação e forma antecipada e os equipamentos nunca foram entregues. Em depoimento à polícia baiana, uma das sócias proprietárias da empresa HEMPCARE PHARMA REPRESENTAÇÕES LTDA (Cristiana Prestes Taddeo) acusou o ex-secretário da Casa Civil do estado da Bahia, Bruno Dauster Magalhaes e Silva, de ter sugerido um aditivo no contrato para superfaturar o valor dos respiradores”.  

“Esse mesmo Bruno Dauster admitiu que diversos procedimentos obrigatórios na composição de contratos públicos não foram cumpridos na condução dos contratos dos respiradores, entre eles a falta de seguro de transporte e de entrega”, completou o senador no documento já protocolado na CPI da Pandemia, mas não apreciado.

Girão já tentou outras vezes convocar Dauster a CPI, mas nunca obteve êxito. O alvo do senador pediu exoneração do cargo de secretário logo após o escândalo estourar na imprensa.

*Editor de Política do BNews está em Brasília para a cobertura da CPI da Pandemia

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