Coronavírus

Vídeo: "Gerou muito ódio, me fez mal", diz pai de vítima da covid sobre "e daí?" de Bolsonaro

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 18/10/2021, às 15h29   Redação BNews


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A CPI da Pandemia ouve, nesta segunda-feira (18), relatos de familiares que perderam parentes para covid-19 e vítimas que sobreviveram à doença. Uma dessas pessoas é Márcio Antonio do Nascimento Silva, que perdeu o filho para o coronavírus. As informações são do site Metrópoles.

Emocionado, Márcio relatou aos senadores os últimos momentos com o filho de 25 anos, morto pela doença em março do ano passado. "Três dias depois de enterrar meu filho, eu ouvi aquela fatídica frase: ‘E daí?’. Isso me gerou muita raiva, muito ódio, me fez muito mal”, disse.

Em abril de 2020, o presidente Jair Bolsonaro disse que lamentava as mortes por covid-19, mas não tinha o que fazer em relação ao novo recorde de mortes em 24h que havia sido registrado à época, com 474 óbitos. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", afirmou ao ser questionado sobre os números.

Àquela altura, o Brasil atingia a marca de 5.017 pessoas mortas pelo coronavírus.

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O convite para ouvir parentes de vítimas e pacientes da Covid partiu de requerimento de autoria do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e foi aprovado em sessão relâmpago na última sexta (15).

Durante o depoimento, Márcio também lamentou o filho não ter sido vacinado. "Eu quero que alguém me faça entender por que lutar contra a máscara, contra a vacina? Eu quero entender. Eu daria tudo para que meu filho tivesse essa chance. Daria tudo para que meu filho tivesse se vacinado”.

Antônio Carlos Costa, representante da ONG Rio de Paz, também participa da audiência. Ele criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. "Incompetência, descaso e irresponsabilidade. O que vimos foi a antítese de tudo que se esperava de um presidente da República. Ninguém aceitaria isso em nenhuma nação desenvolvida”, disse.

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