Coronavírus

Bahia está entre os estados com mais mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19; veja números

Vagner Souza| BNews
Ao todo, 30 crianças de 5 a 11 anos morreram no período de março de 2020 e a primeira semana de janeiro de 2022  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza| BNews

Publicado em 12/01/2022, às 11h47   Diego Vieira


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A Bahia é o segundo estado com mais mortes provocadas pela Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos de idade, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). Ao todo, 30 baianos dessa faixa etária morreram no período de março de 2020 e a primeira semana de janeiro de 2022, vítimas da doença.  

De acordo com o levantamento, as crianças mais afetadas pela covid foram aquelas de nove anos, com 9 mortes registradas, seguida pelas que tinham cinco anos, com 7 registros, e pelas de dez anos, com 5 falecimentos registrados. 

Crianças de 6 e 7 anos totalizaram 3 óbitos, as de oito, 1, e as de onze, 2 mortes. 

Os números contabilizados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados que reúne as informações de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos 7.663 Cartórios brasileiros.

Ainda segundo a Arpen, o ano de 2021 foi aquele que registrou o maior número de mortes de crianças em que a causa da morte consta como Covid-19 (17), enquanto que em 2020 foram 13. A associação ressalta, no entanto, que os Cartórios de Registro Civil tenham o prazo legal de até 10 dias para enviar os dados ao Portal da Transparência do Registro Civil.

“Os dados obtidos pelo Portal da Transparência do Registro Civil, nos mostram que 2021 ocorreu um aumento de mortes por Covid-19 em nosso estado. Um número não tão elevado em comparação ao ano anterior, mas ainda sim expressivo. Isso nos mostra o quão importante é a vacinação de nossos cidadãos baianos, evitando assim mortes e propagação de variantes”, salienta o presidente da Arpen/BA, Daniel Sampaio.

Já no Brasil, as crianças entre 5 e 11 anos totalizaram 324 falecimentos por Covid-19 desde o início da pandemia. Entre os Estados brasileiros, São Paulo, estado mais populoso do país respondeu percentualmente por 22,8% dos óbitos de crianças nesta faixa etária, seguido por Bahia (9,3%), Ceará (6,8%), Minas Gerais (6,5%), Paraná (6,2%), Rio de Janeiro (5,9%) e Rio Grande do Sul (4%). Amapá, Mato Grosso e Tocantins foram as unidades que registraram o menor número de óbitos na faixa etária.

Outras causas

A Arpen contabilizou todas mortes por causas naturais na Bahia, na faixa etária entre 5 e 11 anos, e registrou 404 óbitos, sendo 195 em 2020 e 209 em 2021.

Dentre as causas de mortes segmentadas pelo portal, septicemia foi a causa de 56 mortes, pneumonia (38), insuficiência respiratória (37), AVC (35), e Covid-19 (30).

Vacinação infantil

A imunização de crianças está prevista para começar na próxima sexta-feira no país. Segundo o plano elaborado pelo Ministério da Saúde, as de 5 anos serão as últimas imunizadas, já que a ordem de imunização indicada é decrescente.

Na capital baiana, a prefeitura afirma que iniciará as aplicações dos imunizantes para este público ainda este mês. A aplicação dependerá do envio de vacinas pelo Ministério da Saúde.

Em entrevista nesta segunda-feira (10), o prefeito Bruno Reis (DEM) explicou todos os detalhes de como será feita a estratégia na cidade. Salvador possui 149.214 pessoas cadastradas nessa faixa etária.

Segundo o prefeito, a recomendação é para que todas as crianças sejam imunizadas e reforçou que, no que depender do poder público, todo o público-alvo será beneficiado. "Para os pais que desejarem vacinar seus filhos de 5 a 11 anos, a Prefeitura está preparada e recomenda a ação. A vacina tem cumprido o seu papel. A Bahia tem hoje mais de 400 casos ativos. Atualmente há muitas pessoas com sintomas, mas um número muito baixo de demanda de internação".

De acordo com a prefeitura, a vacinação será realizada com o imunizante da Pfizer (Comirnaty), autorizado para aplicação no público infantil pela Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa), com o intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose. A dose das crianças é menor que a dos adultos, mas tem a mesma eficácia, conforme demonstrado por estudos já publicados.

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