Coronavírus

Saúde prevê iniciar vacinação em crianças na 1ª quinzena de janeiro, diz TV

Tânia Rêgo/Agência Brasil
A expectativa é que a pasta anuncie alguma atualização sobre vacinação de crianças em 5 de janeiro  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 01/01/2022, às 06h35 - Atualizado às 06h53   Folhapress


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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (31) que o governo federal prevê iniciar a vacinação contra a Covid-19 em crianças na primeira quinzena de janeiro de 2022, segundo a GloboNews. Queiroga deu uma coletiva hoje em Brasília, mas a fala teria acontecido depois, fora da transmissão das câmeras.
O Ministério da Saúde já disse que a previsão é que a vacinação em crianças de 5 a 11 anos comece em janeiro. Contudo, não cravou uma data ou um período mais específico.
Embora a vacinação em crianças com o imunizante da Pfizer já tenha sido autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 16 de dezembro, o governo federal ainda não aplicou qualquer dose nessa parcela da população.
O Ministério da Saúde promove uma consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, que deve ficar disponível até 2 de janeiro de 2021. A expectativa é que a pasta anuncie alguma atualização sobre o tema em 5 de janeiro.
Sem embasamento científico, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já questionou a vacinação em crianças e declarou: "Não entendo essa gana por vacina". Ele também afirmou que não pretende levar a filha caçula Laura, de 11 anos, para ser vacinada contra a covid-19.
O presidente ainda disse que pediu os nomes dos integrantes da Anvisa responsáveis por aprovar a aplicação da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças, o que gerou uma série de críticas de especialistas, políticos e da própria agência.
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), requisitou que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga prestem informações sobre a realização da consulta pública no prazo de cinco dias. Ela é relatora de uma ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos no Supremo.
A Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República também devem se manifestar.
Questionado sobre o caso, Queiroga disse que o procedimento proposto foi validado pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski e que "as pessoas buscam o Judiciário". "É normal, faz parte do processo democrático", disse, ao acrescentar que as informações serão entregues.
O ministro Marcelo Queiroga defende que as crianças só sejam vacinadas contra a covid-19 com a apresentação de uma prescrição médica. No entanto, ao menos 19 estados mais o Distrito Federal não pretendem cobrar o documento para que a imunização seja feita.
Na quarta (29), Queiroga disse que os prefeitos e governadores contrários à prescrição médica para a vacinação infantil contra a covid-19 não são médicos e que eles estão interferindo nas Secretarias de Saúde. Segundo o ministro, que também é cardiologista, tanto os estados quanto os municípios devem se manifestar apenas por meio da consulta pública realizada pela pasta.
A consulta pública foi amplamente criticada por especialistas em saúde. Entre os argumentos mais citados, especialistas ouvidos pelo UOL alegam que há confusão no questionário e indução na resposta do internauta, além da inclusão de perguntas sem argumento científico.

O sistema lançado pelo governo, que apresentou instabilidade, foi lançado em 24 de dezembro -procedimento nunca usado por qualquer governo para liberar uma vacina.

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