Apesar da pesquisa do Instituto Dataqualy indicar uma reeleição, o atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Bahia, Luiz Viana, avaliou que o levantamento corresponde a um "momento". "A pesquisa retrata um momento, que me deixou muito contente porque demonstra o reconhecimento da classe, mas não é suficiente", disse.
"Vamos calçar as sandálias da humildade e trabalhar para mostrar aos colegas da advocacia baiana o que fizemos e o que queremos fazer", ponderou, em entrevista ao Bocão News, na noite desta quinta-feira (14), durante o lançamento da chapa, na Associação Comercial da Bahia, no Comércio. A pesquisa mostra Viana com 54,7% das intenções de voto.
Viana rebateu as críticas de seu principal adversário à presidência da OAB-BA, Carlos Rátis, que definiu a classe como órfã, ao mesmo tempo em que defendeu propostas para advogados jovens, advogadas mulheres e advogados afrodescendentes. Para o presidente-candidato, a classe é "múltipla em uma só". "Não acho que a classe seja subdivida. É heterogênea, multifacetada, com pessoas distintas de gênero, de cor, de raça, de dinheiro, de formas de atuação. A classe é uma só com multiplicidade e as propostas são para todos", argumentou.
No entanto, Luiz Viana assegurou que, no curso do mandato, houve diversos avanços, principalmente para os jovens advogados. "Nunca na história da OAB, os jovens advogados foram tratados de forma tão respeitosa. Somos hoje a advocacia mais respeitada, com honorários dignos, justiça mais eficiente e firmeza na defesa da democracia", evidenciou.
O candidato à reeleição enalteceu seu principal adversário. "Tenho a maior admiração por Carlos Rátis, um professor importante e que tem história na OAB. Vai ser muito boa a disputa com ele. A discussão se pautará por grandes temas que envolvem a advocacia baiana". A eleição para a presidência da OAB será realizada no dia 25 de novembro.
