Justiça

Supremo suspende julgamento de Almiro Sena por assédio sexual

Publicado em 04/04/2016, às 11h45   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, suspendeu em decisão liminar (provisória) o julgamento do promotor afastado Almiro Sena, que é acusado de assediar sexualmente servidoras da Secretaria de Justiça, Cidadania, quando era titular da pasta.
A defesa de Almiro Sena impetrou habeas corpus pedindo o trancamento do processo, sustentando que houve violação às garantias de foro por prerrogativa de função, ampla defesa e contraditório. Argumenta ainda que o promotor afastado foi impedido de participar da colheita dos depoimentos na fase pré-processual.
Até a análise destes argumentos apresentados pela defesa,  o julgamento sobre a acusação de assédio sexual está suspenso. A advogada das vítimas, Maria Cristina, criticou a determinação da Suprema Corte. “Mais uma medida da defesa para procrastinar a decisão, para não chegarmos a uma decisão condenatória. A consequência disso será a prescrição. O advogado diz que não, mas por que tantos recursos?”, questionou.
Denúncia
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Almiro Sena em maio do ano passado após vários adiamentos.  A representação formulada contra o ex-secretário foi feita no dia 28 de maio de 2014. Seis dias depois, Almiro Sena pediu exoneração do cargo. 
No dia 4 de junho o então governador Jaques Wagner acatou o pedido. Almiro também foi afastado das atividades na promotoria que atuava no Ministério Público no dia 4 de novembro. O ex-secretário nega as acusações.

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