Justiça

Para o crime não compensar, é preciso confisco, diz Vladimir Aras

Publicado em 17/07/2016, às 13h21   Redação Bocão News


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Natural de Salvador e procurador da República desde 2003, Vladimir Aras, ocupa hoje o cargo máximo da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal. Desde 2014 atua na área de cooperação internacional do Grupo de Trabalho formado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a Operação Lava Jato. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aras, que é especialista em combate à lavagem de dinheiro e à corrupção, afirma que ‘não existe um enfrentamento eficiente ao crime organizado e nem contra a corrupção’, sem ‘estratégia de sufocação econômica da organização criminosa’.

“Para que o crime não compense, eu preciso que os confiscos sejam implantados no momento da condenação definitiva, que os bloqueios sejam dados no momento da investigação e que o processo penal não demore muito, porque corre o risco da prescrição. Quando há prescrição, não há condenação definitiva. Não havendo condenação definitiva, não pode haver o confisco”, explica o procurador.

Aras analisa ainda a Cooperação Internacional, a Olimpíada do Rio e o terrorismo. “A preocupação existe, tem de existir”, afirma. “Não quero dizer com isso que tenha alguma informação de ameaça terrorista no Brasil. Se este é um País que nós matamos 60 mil pessoas por ano, é muito fácil matar no Brasil”, analisa.

Publicada originalmente em 16/07 às 8h38

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