Justiça

Adsumus: empresário foragido desde maio se entrega e tem pedido prisão revogado

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Roberto Santana faz parte do núcleo dos empresários ligados à construção civil e que, segundo o MP-BA, teria praticado fraudes para se beneficiar  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 09/11/2017, às 11h40   Rafael Albuquerque


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O empresário Roberto Oliveira Santana, procurado desde maio deste ano por ser acusado de integrar um esquema criminoso instaurado na prefeitura de Santo Amaro da Purificação entre 2011 e 2015, cuja operação Adsumus passou a investigar, se entregou nesta quarta-feira (8). 

Ele, o também empresário Paulo Sérgio Soares Vasconcelos e o ex-prefeito de Santo Amaro da Purificação, Ricardo Machado, e outros ex-agentes políticos da cidade são acusados desvio de verbas públicas, fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro que envolvia a prefeitura de Santo Amaro e três núcleos empresariais.

O esquema se formou em contratos de obras e aluguel de máquinas, agora, o foco são contratações de do ramo de eventos e aquisição de combustível. Roberto estava foragido desde a quarta fase da operação Adsumus deflagrada em março desde ano.

Os advogados Sérgio Habib e Thales Habib, que defendem o empresário, afirmaram ao BNews que conseguiram a revogação da prisão preventiva do empresário: “Ele foi apresentado ontem na vara crime comarca de Santo Amaro. Ele assinou termo compromisso de comparecer todas as audiências sob pena revogação da liberdade”, afirmou Sérgio Habibi. O juiz que revogou a prisão do empresário foi Gustavo Teles.

Santana faz parte do núcleo dos empresários ligados à construção civil e que, segundo o Ministério Público da Bahia, teria praticado fraudes para se beneficiar juntamente com o prefeito e vice-prefeito, Ricardo Machado e Leonardo Pacheco, respectivamente, o que teria desencadeado a operação Adsumus . 

Juntamente com Roberto Santana, sua filha Rafaela Santana também foi denunciada pelo MP-BA. Segundo os advogados de defesa dos dois corréus, “há fortes provas da inocência deles já tendo inclusive obtido no juízo cível a declaração de que as obras foram realizadas sem que houvesse qualquer indício de improbidade”. O processo agora segue com audiências para oitiva, em dezembro e janeiro, de testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela Defesa.

Questionado sobre qual expectativa para o desenrolar do processo, Habib salientou: “como advogado, acredito que Roberto e a filha Rafaela serão absolvidos, pois provarão que não praticaram nenhum ato de corrupção e que não tinham qualquer ligação com o prefeito ou com o vice-prefeito”.

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