Justiça

PF nega envolvimento em investigação sobre fake news contra desembargadores do TJ-BA

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Operação é feita pela Polícia Civil e cumpre quatro mandados de busca e apreensão no Oeste baiano e em São Paulo  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 24/07/2019, às 09h50   Bruno Luiz


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A Polícia Federal negou nesta quarta-feira (24) que tenha deflagrado alguma operação para investigar fake news produzidas contra desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Em nota, a assessoria de imprensa da PF informou que “não está realizando nenhuma operação policial na região oeste do Estado da Bahia e que não tem participação na noticiada investigação para apuração de supostas fake news”. Inicialmente, circulou a informação, publicada pelo BNews e outros veículos de imprensa, de que a corporação teria feito uma ação conjunta com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), com participação de homens do Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil baiana. A Polícia Federal também negou que tenha aberto inquérito para apurar as denúncias, que teriam sido feitas pelos desembargadores. 

No entanto, a ação que ocorre desde o início da manhã desta quarta tem envolvimento apenas da SSP. Equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) cumprem quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo TJ-BA. Foram alvos dos mandados uma residência em Barreiras e outra em Formosa do Rio Preto, um escritório de advocacia em Barreiras, cidades do Oeste baiano, e uma editora em São Paulo.

Em Formosa, um dos alvos foi o ex-prefeito da cidade, o advogado Domingos Bispo. A casa dele recebeu homens da PC, que, segundo informações recebidas pelo BNews, apreenderam seu notebook e seu celular, além de algumas CDs nos quais documentos estão armazenados. Já em Barreiras, mandados foram cumpridos mandados contra o advogado Kleber Cardoso de Souza.

A operação tem o objetivo de identificar os autores de ações caluniosas contra juízes e desembargadores baianos. As investigações tiveram início após denúncia de magistrados baianos sobre uma publicação inverídica em uma revista, na qual os magistrados são acusados de formar quadrilha e vender sentenças em processos sobre grilagem de terras no Oeste. Um dos alvos da ação, Bispo é advogado em causas relacionadas ao tema.

"O material será analisado pelo Departamento de Policia Técnica para avaliar se houve ou não participação de suspeitos na produção da publicação", afirmou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão.

Uma disputa judicial que já dura 30 anos envolve uma área de 366 mil hectares, equivalente a cinco vezes o tamanho de Salvador, em Formosa do Rio Preto. O processo culminou em acusações de grilagem e falsificação de documentos.

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