Justiça

Marcelo Odebrecht teria ajudado a Lava Jato para se vingar do cunhado, revela revista

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A última edição da revista Crusoé trouxe uma matéria sobre as costuras dentro da poderosa família   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/09/2019, às 19h10   Redação BNews


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A última edição da revista Crusoé trouxe uma matéria sobre as costuras dentro da família Odebrecht e como a vingança entre seus membros tem trazido novas revelações para a operação Lava Jato. Em destaque está Marcelo Odebrecht, que teria ajudado na prisão de seu próprio cunhado, Maurício Ferro, que antes era seu braço direito. 

A reportagem de Fabio Serapião explica como Odebrecht cooperou com a Lava Jato, dando munição para os investigadores chegarem a segredos jamais revelados, incluindo sobre o Judiciário. Leia um trecho da matéria:

“No auge das negociações do que à época era o maior acordo de colaboração com a Justiça já assinado no mundo, em outubro de 2016, o empresário Emílio Odebrecht alugou uma sala na cobertura do hotel Windsor, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, onde montou um escritório de crise para gerenciar a assinatura das 77 delações de seus executivos e o acordo de leniência de suas empresas. Enquanto analisava as propostas de penas e os benefícios oferecidos pela Procuradoria-Geral da República e definia os crimes a serem delatados, o patriarca da família dona da maior construtora da América Latina comia sua salada caprese ao lado da filha, Mônica, do genro Maurício Ferro, vice-presidente jurídico do grupo, e de Newton Souza, então presidente da Odebrecht. A 1.400 quilômetros da sala bem arrumada e com buffet à vontade a partir da qual o patriarca guiava o acordo, Marcelo Odebrecht, o herdeiro de Emílio, amargava havia mais de um de ano a prisão na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. Comendo a quentinha servida pela PF e dividindo cela com outros criminosos, sem nenhuma mordomia como as de seus parentes bem acomodados no hotel da capital federal, Marcelo alimentava um ódio crescente por seus familiares. O motivo, dizem pessoas próximas a ele, era o sentimento de que havia sido abandonado. Afinal, era o único integrante da cúpula do conglomerado empresarial a estar preso e a assumir a maioria dos crimes cometidos pelo grupo criado por seu avô, Norberto Odebrecht…”


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