Justiça
Publicado em 26/09/2019, às 22h34 Redação BNews
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez uma confissão surpreendente, nesta quinta-feira (26) ao Estadão. Ele afirmou que foi armado a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes.
“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, contou Janot. Segundo ele, este foi um dos momentos mais tensos de sua passagem pelo cargo de procurador-geral.
Janot disse que, após apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar, o ministro disseminou “uma história mentirosa” sobre sua filha. “E isso me tirou do sério”, descreveu.
Como chefe do Ministério Público Federal, em maio de 2017, Janot solicitou o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, pois a mulher do ministro, Guiomar Mendes, trabalhava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.
Gilmar se defendeu através de ofício enviado à Presidência do STF, alegando que a filha de Janot – Letícia Ladeira Monteiro de Barros – advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ministro também afirmou que a filha do ex-PGR poderia na época “ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”.
“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério”, acrescentou o ex-procurador-geral.
Janot lembra que foi ao Supremo armado, antes da sessão, e encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. “Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus”, dizendo por que não colocou em prática sua vontade.
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