Justiça

Justiça nega pedido de Lula e permite faixas de dono da Havan contra ex-presidente

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após dizer que patrocinaria aeronaves chamando ex-presidente de cachaceiro e ladrão, Luciano Hang publicou vídeo de avião com mensagem sobre petista   |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 01/01/2020, às 11h41   Redação BNews


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A justiça de negou liminar solicitada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, fosse proibido de custear e exibir mensagens ofensivas nas praias de Santa Catarina. As informações são do site Metrópolis.

Anteriormente, no início de dezembro, Hang afirmou nas redes sociais que patrocinaria aviões para sobrevoar o litoral do Estado levando faixas com dizeres contra o ex-presidente. No último sábado (28), o empresário publicou vídeo em que uma aeronave mostra a frase “Lula cachaceiro devolve meu dinheiro”.

A decisão proferida na última terça-feira (31) pelo juiz Fernando Machado, durante plantão judiciário, conclui que Lula é uma pessoa pública e estaria sujeito a críticas por parte da população. Também de acordo com o magistrado da 2ª Vara Cível de Navegantes de Santa Catarina, posteriores excessos podem resultar em reparação por dano moral.

“O que não se pode é realizar uma censura prévia, o que não é permitido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988”, escreveu em despacho. Na manhã desta quarta-feira (1º), após a decisão judicial, Hang anunciou que nos próximos dias a frase anterior será substituída pelos dizeres “Melhor que o verão, é Lula na prisão”.

“Se você estiver na praia e gostar da faixa, aplauda, grite, filme e me marque que vou repostar no meu Instagram”, prometeu.

A ação contra Hang foi apresentada pela defesa de Lula na tarde do último sábado. O ex-presidente também solicitava indenização de R$ 100 mil por danos morais referentes à divulgação da mensagem. “Com sua conduta, o requerido desbordou injustamente do direito ao antagonismo político e livre opinião, ofendendo até mesmo qualquer senso de civilidade no debate político em plena ebulição no País”, registram os defensores do petista.

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