Justiça

Calvário: Delação revela detalhes de esquema de propinas envolvendo personalidades baianas; veja íntegra

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Ex-deputado e irmão de Nizan Guanaes são citados por Daniel Gomes  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 29/01/2020, às 07h16   Yasmin Garrido


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Mais uma polêmica para sacolejar a vida dos figurões baianos. Desta vez, a Operação Calvário apura um esquema de corrupção envolvendo o ex-deputado Sérgio Tourinho Dantas, André Guanaes - irmão do publicitário Nizan Guanaes - e Juracy Magalhães Neto. O alvo é a contratação do Instituto Sócrates Guanaes (ISG) para a gestão de hospitais das cidades de Araruama e Niterói, no Rio de Janeiro.

Os nomes foram revelados na delação de Daniel Gomes da Silva, empresário que detinha contratos na área da saúde na Paraíba, Rio de Janeiro e outros estados. Ele foi preso no curso da Operação Calvário, a mesma que levou à detenção o ex-governador paraibano, Ricardo Coutinho, no final do ano passado. O BNews teve acesso ao documento na íntegra, que já foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (veja abaixo).

Segundo delação, o contrato entre Daniel e o ISG foi assinado pela mulher de André Guanaes, Kátia Maria Rodamilans Guanaes Gomes, presidente da Organização Social de Saúde (OSS), com mediação da empresa GEA Projetos, de propriedade do lobista Jorge Luz.

A delação também trouxe os nomes do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT) e do deputado federal Leonardo Picciani (MDB). “Assim, o processo de contratação do ISG para a gestão de unidades de saúde do Rio de Janeiro só foi possível pela atuação e influência de Picciani junto a Sérgio Cortes, tendo este, inclusive, fornecido para Eduardo Coutinho a minuta do edital que ainda seria publicado para a licitação do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama”, diz trecho relatado pelo empresário Daniel Gomes.

O esquema funcionava com a facilitação da vitória do Instituto Sócrates Guanaes, com os envolvidos burlando os procedimentos de licitação na área de saúde do Rio de Janeiro. “Assim, apesar de não ser permitido acrescentar documento posteriormente à abertura dos envelopes, Eduardo Coutinho conseguiu que o citado certificado fosse incluído no envelope do ISG sem o conhecimento das demais concorrentes, o que foi determinante para a vitória do ISG naquela licitação”, disse o empresário à Justiça".

Em nota enviada ao BNews, o ISG afirmou que "contratou o escritório Moraes Pitombo Advogados, que tomará as providências judiciais necessárias para demonstrar a realidade dos fatos e ver apuradas as responsabilidades pelas inverdades divulgadas".


Clique aqui e leia a delação de Daniel Gomes da Silva na íntegra

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