Justiça

“Será que ela casou com comunhão de delitos”, questiona Cardozo ao STJ sobre Geciane Maturino

Agência Brasil
Advogado pede liberdade à ré da Operação Faroeste ou o deferimento da prisão domiciliar  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 06/05/2020, às 11h05   Yasmin Garrido


FacebookTwitterWhatsApp

O advogado de Geciane Maturino, investigada e presa na Operação Faroeste, que apura suposta organização criminosa para venda de sentenças do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), questionou ao Ministério Público Federal (MPF) se a denúncia sobre ela recaiu apenas pelo fato de ser casada com outro réu, Adailton Maturino.

Para Cardozo, durante sustentação oral feita em sessão por videoconferência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (6), não existe na denúncia nenhum elemento que descreva a participação de Geciane nos fatos tidos como criminosos.

“O único fato que recai sobre ela é p fato de ser casada com Adailton Maturino. Nos autos ela sempre aparece associada a ele. É como se fosse o acessório que segue o principal. O crime dela é ter comunhão de delitos?”, questionou.

Ainda segundo o advogado, não existe lógica para a manutenção da prisão de Geciane, que está há cinco meses detida na Penitenciária da Papuda, em Brasília. “Ela está apodrecendo e correndo os riscos da Covid-19. Vou pedir, mais uma vez, que, por justiça, não deixem o casal - já que é essa linguagem que aparece na denúncia - apodrecer na cadeia. Se acharem que eles oferecem risco à sociedade, que fiquem em casa com monitoramento eletrônica”, concluiu.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp