Justiça

Defesa do MBL oferece colaboração com a Justiça e pede acesso integral ao processo; leia manifestação

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Um dos líderes do movimento é acusado de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 13/07/2020, às 06h21   Redação BNews


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O Movimento Renovação Liberal (MRL), pessoa jurídica do Movimento Brasil Livre (MBL), se ofereceu para colaborar com a Justiça no âmbito do processo que tramita na 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo.

A manifestação, os advogados pedem autorização para obter cópia integral dos autos do processo, em especial se houver Procedimento Investigatório Criminal (PIC) por parte do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Além disso, a defesa também solicitou ordem para emissão de certidão contendo a lista de todos os autos relacionados ao procedimento criminal.

De acordo com o documento, o MRL "foi surpreendido pelo cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido por este MM Juízo no âmbito de investigação que, segundo reportagens veiculadas na imprensa, teria relação com suposto crime de lavagem de dinheiro".

E, ressaltando que ainda não teve acesso aos autos, o MRL prosseguiu: "adianta desde logo que pauta a sua conduta pela mais estrita legalidade em todos os campos (...) Seja como for, admite o requerente com naturalidade seu dever de prestar de forma célere, completa e transparente todos os esclarecimentos devidos”.

Vazamento
Apesar de a defesa não ter tido acesso ao procedimento de investigação criminal, a imprensa teve. Na denúncia, os procuradores afirmam que a família de Renan Santos, um dos líderes do MBL, comprou e abriu 20 empresas que hoje se encontram inoperantes, o que seria indício de lavagem de dinheiro.

Ainda segundo o Ministério Público, essas empresas, juntas, devem à União cerca de R$ 400 milhões em impostos. Após a operação da Polícia Civil em parceria com a Receita Federal, na qual dois empresários foram presos, o MBL/MRL divulgou nota à imprensa informando que nenhum dos dois tem relação com o movimento.

Leia a íntegra da manifestação do MBL:
"Em que pese as alegações amplamente difundidas pela imprensa e até mesmo pelo Ministério Público quanto a ligação do senhores Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Morais Afonso, vulgo Luciano Ayan com o MBL, inicialmente cumpre esclarecer que ambos jamais fizeram parte do movimento.

Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mais sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal — única pessoa jurídica do Movimento — o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida.

Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como “superchats”, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias.

Por fim cumpre esclarecer que as atividades empresariais e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade. Com o respeito e acato ao órgão ministerial, importa esclarecer que as assertivas apontadas quanto ao MBL são completamente distantes da realidade, tratando-se de um devaneio tolo, totalmente despido de sustentação fática e legal com a única finalidade de macular a honra de um movimento pautado nos pilares da ética, da moral e da liberdade".

Clique aqui e leia a íntegra da manifestação da defesa do MBL.
Clique aqui e leia a íntegra da denúncia do MP-SP.

Classificação Indicativa: Livre

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