Justiça
Publicado em 24/07/2020, às 07h49 Redação BNews
O Ministério Público Federal (MPF) arquivou uma representação do PSOL contra o ex-chefe da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten, por uma postagem nas redes sociais em que afirma que a hidroxicloroquina é o medicamento "mais eficaz contra o coronavírus".
A postagem foi feita no Twitter no 21 de maio e foi deletada posteriormente.
Ainda não existem evidências científicas sobre o benefício do uso da hidroxicloroquina ou cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19, em qualquer estágio da doença. Pelo contrário, as principais organizações mundias de saúde não recomendam o seu uso.
No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) já pediu a suspensão do uso do medicamento em casos leves.
O procedimento encaminhado por deputados do PSOL aponta crimes de falsidade ideológica e improbidade administrativa. O texto argumenta que a postagem de Wajngarten teve a intenção de favorecer ideologicamente o presidente Jair Bolsonaro.
Em sua decisão, o procurador da República Frederico de Carvalho Paiva reconhece que "sustentar a ação" com este argumento "parece plausível", mas que faltam "indícios" que apontem a "má-fe" do ex-chefe da Secom, substituído por Fábio Faria (PSD).
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