Justiça

“Desigualdade de tratamento”, diz advogado de preso na Operação Inventário

Arquivo BNews
João Carlos Novaes é acusado de dar início a um processo fraudulento de inventário  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 18/09/2020, às 11h04   Yasmin Garrido


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O advogado Reinaldo Santana Jr., responsável pela defesa do também advogado João Carlos Novaes, preso no âmbito da ação que trata de fraudes e um processo de inventário e que originou a Operação Inventário, deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) em 10 de setembro, disse ao BNews, na manhã desta sexta-feira (18), que houve “desigualdade de tratamento” entre os investigados.

De acordo com ele, não havia motivos para a decretação da prisão preventiva de João Carlos, uma vez que ele deixou o processo de inventário em 2017 e o inquérito do MP-BA trata de levantamentos de quantias por meio de alvarás apenas após outra pessoa assumir a defesa de Pedro dos Santos.

“Com relação aos investigados, é claro a desigualdade de tratamento, porque é atribuído a meu cliente o protocolo desse inventário, de ter dado início ao processo, mas ele deixa a causa em 2017 e outro advogado faz levantamento do valor questionado. Por que o profissional que ingressou com o inventário está preso e ao outro advogado não foi requerida a prisão?”, questionou Reinaldo.

O outro advogado a quem ele se refere é Yuri, também investigado na Operação Inventário e que aparece como sendo o responsável, segundo o MP-BA, pelo o “levantamento de um depósito judicial no valor de R$ 679 mil”, e do total, ainda de acordo com as investigações, R$ 381,5 mil foram depositados em conta de titularidade de João Carlos.

O advogado Reinaldo também disse ao BNews que a defesa de João Novaes ainda não teve acesso aos resultados das demais medidas cautelares impostas a ele, como a interceptação telefônica e a quebra de sigilo bancário, apenas estando ciente dos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva. “As acusações que recaem sobre João Carlos não condizem com a realidade”, concluiu.

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