Justiça

Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra PCC por lavagem de R$ 30 bilhões

Agência Brasil
Operações acontecem em três estados contra facção que atua dentro e fora de presídios   |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 30/09/2020, às 07h36   Redação BNews


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A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (30), 13 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão na Operação Rei do Crime, contra lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios.

A ação acontece realizada em apartamentos de luxo e residências nas cidades de São Paulo, Bauru, Igaratá, Mongaguá, Guarujá e Tremembé, em São Paulo, Londrina e Curitiba, no Paraná, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

De acordo com relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a suspeita é de que um braço do PCC tenha movimentado cerca de R$ 30 bilhões. Entre os alvos, estão empresários do setor de combustíveis e uma pessoa que foi condenada por envolvimento no furto, em 2005, ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza.

Além dos mandados, também foram autorizados pela Justiça o sequestro de bens, que envolvem 32 automóveis, 9 motos, 2 helicópteros, 1 iate, 3 motos aquáticas, 58 caminhões e 42 reboque e semirreboque, avaliados em R$ 32 milhões, imóveis de luxo, bloqueio de contas bancárias com valores próximos a R$ 730 milhões.

A Justiça também autorizou a interdição de 73 empresas suspeitas de terem envolvimento na lavagem de dinheiro, entre as quais, postos de combustíveis, lojas de conveniência, além de escritórios de assessoria e contabilidade.

Investigação
De acordo com a Polícia Federal, o braço da facção está em operação há mais de dez anos, e foram rastreadas movimentações financeiras, que identificaram a existência de uma rede de combustíveis, além de uma distribuidora, que atuava em benefícios do grupo.

Ainda segundo as investigações, eles realizavam a lavagem de ativos de origem ilícita, por meio de companhias com atuação sólida no mercado e de empresas de fachada ou compostas por "laranjas". Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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